Sociedade

Polícia de Trânsito regista mais de três mil mortes

André da Costa|

Jornalista

O comandante-geral da Polícia Nacional, Arnaldo Carlos, disse, quinta-feira, em Luanda, que, o ano passado, a corporação registou 14.429 acidentes de viação, que provocaram 3.121 mortes e 17.902 feridos.

22/03/2024  Última atualização 11H24
Acidentes de viação causaram, também, inúmeros danos materiais e financeiros o ano passado © Fotografia por: Arsénio Bravo| Edições Novembro
Os dados foram apresentados durante as celebrações dos 45 anos de existência da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária, acto realizado nas instalações da corporação, no bairro do Palanca, município do Kilamba Kiaxi.

O comissário-geral explicou no acto que, se comparado com igual período do ano anterior, houve um aumento de mais 122 mortes e mais 2.209 feridos. Os dados, referiu, mostram que a maioria dos acidentes foram causados por atropelamento (4.852) e colisão entre automóvel e motociclos (3.024).

Os números, avançou, são bastante preocupantes e representaram um enorme prejuízo ao desenvolvimento sócio-económico do país. Para inverter o quadro da sinistralidade rodoviária, disse, o Executivo tem criado políticas, como o Plano Nacional de Prevenção e Segurança Rodoviária, para reduzir a sinistralidade, em 50 por cento, até 2027.

O projecto

O Plano Nacional de Prevenção e Segurança Rodoviária, de acordo com Arnaldo Carlos, visa, entre outras medidas, exercer um maior rigor na fiscalização das escolas de condução, na actualização dos conteúdos ministrados aos candidatos a condutores, na implementação dos exames multimédia, assim como na intensificação do patrulhamento nas localidades.

Entre as metas, adiantou, constam ainda a reactivação dos destacamentos de prevenção da sinistralidade rodoviária ao longo das estradas, assim como a actualização do Código de Estrada, adaptando a realidade do país e da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Desafios

O director de Trânsito e Segurança Rodoviária, Abel Baptista, disse que um dos desafios do sector é a garantia de um atendimento de excelência, centrado nos cidadãos, baseado num serviço cada vez mais humanizado e célere, que permite afastar a intervenção de terceiros, visando evitar actos de corrupção e suborno aos utentes.

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