Sociedade

Pontes em estradas nacionais clamam por maior intervenção

Arão Martins / Benguela

Jornalista

Quatro pontes construídas sobre os rios das quatro estradas nacionais, que fazem a ligação entre as províncias do Norte e do Sul com o Centro, que passam pela província de Benguela, clamam por intervenções, de acordo com o vice-governador provincial para o sector Técnico e de Infra-Estruturas.

29/03/2024  Última atualização 12H47
Mau estado da via, em certos pontos, preocupa autoridades © Fotografia por: Edições Novembro
Adilson Gonçalves disse que a situação das pontes na província foram parte da agenda de trabalho da I Reunião Ordinária do Governo Provincial, realizada na última segunda-feira. Entre as pontes que precisam de intervenção constam as construídas sobre os rios das Estradas Nacionais 100, 250, 260 e 105.

Ao referir-se à Estrada 105, que liga Benguela à Huíla, destacou o caso da ponte sobre o rio Chongoroi, que tem problemas em relação à própria estrutura. Por sua vez, a ponte sobre o rio Balombo, na Canjala, precisa de um trabalho mais profundo de protecção das estruturas de transição para o pavimento. "Nas mesmas condições, está a ponte sobre o Cubal”, acrescentou.

Benguela, referiu, é atravessada por quatro Estradas Nacionais importantes, com realce para a n.º 100, que atravessa o país do Norte ao Sul, a 250, que faz a ligação com o Centro. A 260 liga o Norte e Sul ao Centro, enquanto a 105 faz passagem pela Huíla até à República da Namíbia.

"De uma forma geral, é preciso desassorear e reperfilar os rios e fazer trabalhos de manutenção e protecção das infra-estruturas ligadas às pontes”, disse, além de recordar que, há duas semanas, houve um problema com a ponte sóbrio o rio Halo, no município de Caimbambo, assim como a do rio Eval Guerra, na Estrada nº 100.

O transbordo da água nos dois rios, informou, afectou, consideravelmente, as estruturas dos pavimentos que fazem a ligação com as pontes. "A situação do rio Eval foi muito mais crítica, porque a água chegou a transbordar a ponte, enquanto no rio Halo não houve transbordo”.

O volume da água e a falta de desassoreamento, disse, fez com que o eixo do leito do rio fosse ocupado e afectasse directamente a estrutura de ligação da ponte (os encontros e pavimentos da pista).

Para Adilson Gonçalves, há situações, como a que ocorreu no Eval Guerra, que podem ser minimizadas. "São situações que, raramente, se consegue evitar”, explicou.

Leito dos rios

O vice-governador provincial para o sector Técnico e de Infra-Estruturas disse que vão trabalhar, nos próximos meses, no desassoreamento de alguns rios, como o Cavaco, em Benguela, cujo volume de areia chegou até ao leito. "Devido a esse problema, a ponte pode perder a altura útil, por isso é preciso desencadear um programa urgente de desassoreamento e conceder a autorização para a exploração de areia no rio, mas de forma controlada”, disse.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Sociedade