O processo de realojamento está a ser coordenado pela Administração Municipal de Cabinda, que, na primeira fase, deu primazia às famílias cujas residências estão em risco de ser "engolidas” pela ravina em progressão na localidade, com mais de vinte metros de profundidade e cem de extensão.    

Em declarações à imprensa, o administrador-adjunto de Cabinda para a Área Financeira, Raimundo de Almeida, disse que o processo de realojamento será feito de forma paulatina. "Nesta primeira fase, a prioridade são as famílias que estão em situação de alto risco”.

O Projecto Habitacional do Tali-Sumbi, explicou, está em edificação e vai contemplar duas mil e cem casas sociais de tipologia T3, incluindo serviços sociais como, água, energia eléctrica, centro médico, posto policial e uma escola.

Segundo o administrador-adjunto de Cabinda para a Área Financeira, vão ser realojadas, também, outras famílias que vivem em zonas de risco.

José Nguimbi, ex-morador das encostas do Morro de Tchizo, que vivia  numa residência precária, construída à base de adobe e areia, enalteceu o gesto do Governo, garantindo que tudo fará para cuidar da casa que acabou de receber gratuitamente.

Helena Simba, falando em nome da sua progenitora, contemplada, disse não possuir palavras para manifestar a sua gratidão ao Governo, acrescentado que ficam para traz as noites mal passadas, em que, quando chovia, era obrigada a manter-se em pé até que a chuva terminasse.