Política

Posição do país é indicadora do sério combate à corrupção

Elizandra Major

Jornalista

A nova posição ocupada por Angola no Índice de Percepção da Corrupção representa um claro indicador da seriedade do processo de combate ao fenómeno desencadeado pelo país, defenderam, quinta-feira, em Luanda, os analistas políticos Osvaldo Mboco e Damárcio dos Santos.

02/02/2024  Última atualização 10H20
Damárcio Santos e Osvaldo Mboco avaliaram relatório do OTI © Fotografia por: Edições Novembro
Em declarações ao Jornal de Angola, em reacção ao relatório publicado pela Organização Não-Governamental Transparência Internacional, referente a 2023, Osvaldo Mboco afirmou que os avanços no país são notáveis, sobretudo, sempre que se fala em matérias ligadas ao combate à corrupção.

"O Estado angolano tem trabalhado na melhoria deste fenómeno, com a aprovação de instrumentos e mecanismos, tendo em vista o desafio de mitigar e combater a corrupção em Angola”, disse o especialista, sublinhando que o país tem estado a trabalhar nas mudanças estruturais e estruturantes da matéria.

O analista admitiu que, apesar dos claros avanços alcançados, a posição ocupada por Angola não é, ainda, muito animadora, por estar em 121º lugar, entre 180 países avaliados.

"Não é uma posição confortável. É uma posição que nos deve servir de parâmetro de análise e continuar a trabalhar, afincadamente, com o objectivo de irmos melhorando a posição neste ranking da Transparência Internacional e, também, nos outros que existem a nível do mundo”, argumentou.

De acordo ainda com Osvaldo Mboco, se Angola não melhorar a posição em que se encontra poderá inibir a atracção de investidores. "Normalmente, os investidores procuram também uma série de informações sobre o país e  o Índice da Transparência Internacional é dos indicadores”.

Na visão do especialista em Relações Internacionais Damárcio dos Santos, é bastante satisfatório para o país a subida no ranking mundial de combate à corrupção, assegurando não ter ficado surpreendido com a melhoria, significativa, da posição alcançada, devido aos esforços empreendidos pelo Executivo e outros agentes do Estado.

Damárcio dos Santos salientou que, do ponto de vista de atracção de investimentos, o feito alcançado por Angola representa um novo alento a mais financiamentos e novo investimento estrangeiro, bem como mais empregabilidade, receitas fiscais e, consequentemente, maior satisfação das despesas públicas.

Deste modo, ressaltou o especialista, merece nota positiva o facto de o Presidente João Lourenço ter adoptado o combate à corrupção como "bandeira” de governação, desde o primeiro mandato.

"E fê-lo muito bem, porque a corrupção é um mal que corrói as instituições do Estado e fragiliza a consolidação da democracia, sobretudo em África, onde ainda se encontra numa fase embrionária”, destacou Damarcio dos Santos.

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