O Presidente João Lourenço recebeu, sexta-feira, em audiência, em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro português, António Costa, que foi agradecer, pessoalmente, o Chefe de Estado angolano pela "excelente relação" que foram mantendo ao longo dos oito anos que esteve à frente do Governo.
O MPLA deve desenvolver um trabalho conjunto com a sociedade civil, integrada por cidadãos apartidários e de outras cores políticas que amam Angola, com vista ao desenvolvimento económico e social do país, orientou, sábado, em Luanda, o líder do partido, João Lourenço.
Ao discursar no acto político de lançamento da agenda política do partido para este ano, no Distrito Urbano da Camama, município de Talatona, que reuniu milhares de militantes oriundos de todas as partes do território nacional, João Lourenço declarou que "o factor comum de sermos angolanos e querermos todos o melhor para Angola deve ser melhor explorado pelo partido”.
"Não podemos contar apenas com quem tem cartão do MPLA, ou com quem é militante do partido. Temos de conviver e trabalhar com todos os verdadeiros patriotas que querem dizer juntamente connosco força Angola, Angola vai ganhar”, exortou João Lourenço, reforçando que para Angola vencer tem de ser com todos os angolanos, independentemente das suas cores partidárias.
Aos milhares de militantes presentes no largo onde decorreu o acto, por detrás do Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), João Lourenço também deixou a seguinte mensagem: "Andamos muito fechados no nosso quintal. Precisamos transpor os muros do nosso quintal e trabalhar com todos aqueles que estão para além dos muros do nosso quintal”.
Para que os militantes e quadros entendam esta mensagem de inclusão, o líder do MPLA recomendou a formação política dos mesmos.
"Precisamos de preparar os quadros que ocupam e vão ocupar os diferentes cargos do Executivo, nos governos provinciais, administrações municipais e a níveis mais baixos”, ressaltou o Presidente da República e do MPLA, para quem o grande desafio do momento é garantir o desenvolvimento económico e social do país, tendo em vista o bem-estar dos angolanos.
João Lourenço elegeu entre o conjunto de passos que têm de ser dados para que o país possa atingir o crescimento económico e social, a criação de um melhor ambiente de negócios, rumo a uma economia mais robusta, que permita oferecer mais empregos para os cidadãos, em particular para os jovens.
Sublinhou, a propósito, que o bem-estar dos angolanos só será possível com a organização efectiva da economia.
Ao lembrar que o país comemora no próximo ano o 50º aniversário da Independência Nacional, salientou que ao longo desses anos, não obstante os vários anos de conflito armado, o país conseguiu "progressos importantes” em vários domínios, realçando que ao longo de quase cinco décadas "fizemos mais do que os colonos fizeram em 500 anos de ocupação”.
Ao longo do discurso, de aproximadamente uma hora, o líder do MPLA apelou a uma maior coesão e organização interna do partido, bem como à selecção e preparação dos quadros militantes.
"Devemos começar por estar melhor organizados no partido, uma vez que os membros do Executivo são militantes do MPLA e cumprem as orientações e o programa do partido”, afirmou João Lourenço, realçando que tudo quanto o Executivo faz é materializar o programa do partido.
Salientou que uma "atenção particular” deve ser prestada para a preparação dos militantes e quadros.
João Lourenço informou que ao nível interno o partido tem muito trabalho para realizar. "Ao longo do ano podemos fazer muitos comícios aos vários níveis, nas sedes capitais de províncias, nos municípios, mas se não fizermos o trabalho de casa, de organização interna do partido, de sabermos quantos somos e com quem podemos contar na hora da verdade, isso nos pode custar caro”, sublinhou.
Salientou que ao longo de 2024, atenção particular deve ser prestada à organização do partido em todos os níveis, sobretudo ao nível das bases.
PIIM e a nova divisão administrativa do
país
João Lourenço referiu que a atenção do Executivo deve estar virada ao desenvolvimento dos municípios, salientando que por esta razão deve ser feita a nova divisão político-administrativa do país, com a criação de mais 161 municípios (contra os 164 já existentes) e duas províncias (das 18 existentes).
"Estamos a levar muito a sério a tarefa de descentralização e estamos a ser bastante encorajados pelo sucesso do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM)”, indicou João Lourenço, realçando que no quadro da criação de novos municípios e províncias será necessário preparar mais governadores, vice-governadores, administradores municipais e funcionários públicos de diferentes categorias na ordem dos milhares.
O Presidente do MPLA disse que mais preocupante não são os recursos financeiros a serem gastos na construção das infra-estruturas nos novos municípios e províncias, mas a qualidade dos quadros a serem colocados em tais estruturas administrativas.
Apelou, por isso, ao Departamento de Quadros do partido para iniciar com bastante antecedência a formação e selecção dos quadros do partido a colocar nos novos municípios e províncias, bem como os que concorrerão às eleições autárquicas.
Palancas
Negras foram
homenageados
O líder do MPLA homenageou sábado os Palancas Negras pelos "bons resultados” conseguidos no Campeonato Africano de Futebol (CAN), não obstante terem chegado apenas até aos quartos-de-final da competição, que decorre na Côte d’Ivoire.
Encorajou os jogadores a prosseguirem a preparação para os próximos campeonatos africanos de futebol, salientando que o país mantém a "esperança viva” de que o próximo campeonato será conquistado pelos angolanos.
"Vamos trabalhar para que o próximo CAN seja de Angola”, indicou João Lourenço, realçando que continua válida a expressão "Angola vai vencer”.
Sublinhou que a expressão é válida não apenas no domínio dos Desportos, mas para todos os sectores. "Temos de trabalhar para que Angola saia sempre vencedora em todos os domínios da vida”, afirmou.
MPLA em Luanda garante apoio ao líder
Nas palavras de boas vindas, o primeiro-secretário do MPLA em Luanda, Manuel Homem, garantiu apoio incondicional ao líder do partido e mais trabalho nas hostes da organização para que vença os desafios do presente e do futuro.
Em nome dos militantes em Luanda expressou o reconhecimento pelo papel que o Presidente João Lourenço tem desempenhado na condução dos destinos do país e na resolução dos problemas dos cidadãos.
O também governador de Luanda disse que os militantes da capital angolana estão disponíveis e prontos para os desafios políticos e defesa da liderança do MPLA na condução dos destinos do país.
No final da sua intervenção, Manuel Homem ofereceu ao Presidente João Lourenço, um quadro com o desenho da cidade de Luanda.
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