Cultura

Programa radiofónico destaca personalidades de 2023

Armindo Canda

Jornalista

Os produtores culturais João Vigário e Yuri Simão, o director da Companhia Nacional de Ópera de Angola (CNOPERA), Emanuel Mendes, a dramaturga Ana Ferreira, e os empresários Paulo Múrias, Marcelina José e Elizabeth Dias dos Santos foram distinguidos, no último domingo, em Luanda, no programa radiofónico “Conversa à Sombra da Mulemba”, da Rádio Mais, como as figuras do ano de 2023.

20/02/2024  Última atualização 09H15
© Fotografia por: DR

Emanuel Mendes foi distinguido pela edificação da CNOPERA, enquanto João Vigário pela transformação do Palácio de Ferro numa plataforma artística eclítica e inclusiva. Yuri Simão, por sua vez, foi distinguido pela contribuição que tem dado para o engrandecimento da cultura nacional e o excelente trabalho realizado pela Nova Energia, nos últimos dez anos.

Ana Ferreira foi distinguida pela produção e encenação de textos de teatro de excelência, e os empresários Paulo Múrias devido ao lançamento de uma marca de vinho nacional de qualidade, Marlene José e Elizabeth Dias dos Santos pelo contributo que dão ao empresariado nacional.

Na ocasião, o director da CNOPERA, Emanuel Mendes, disse ao Jornal de Angola, que se sente grato e regozijado pelo reconhecimento que tem recebido ao longo dos anos. "Mais uma vez, sinto-me grato pela distinção da Rádio Mais, no programa ‘Conversa à Sombra da Mulemba’, que é ouvido por várias pessoas e isso só demonstra que muitos apreciam o trabalho que desenvolvo ao longo dos anos”.

Emanuel Mendes referiu que vai continuar a trabalhar para levar o bom nome de Angola a outras latitudes, porque quando o reconhecimento chega, deve-se aumentar cada vez mais as responsabilidades e trabalhar afincadamente.

Para o produtor cultural João Vigário, a distinção que recebeu é mérito de uma vasta equipa do Palácio de Ferro, que trabalha de forma árdua e permanente para materializar, "um sonho concebido por mim e que todos abraçam os desafios feitos”.

João Vigário frisou que quando se fazem coisas positivas as consequências são visíveis e as pessoas vão reconhecendo todo um esforço que é feito para a realização das actividades, tendo aproveitado a oportunidade para agradecer a Rádio Mais, em particular o programa "Conversa à Sombra da Mulemba” pelo mérito.

"O programa ‘Conversa, à Sombra da Mulemba’ tem exaltado algumas figuras angolanas nas mais variadas esferas e não mede esforços para honrar aquelas pessoas que trabalham em prol do país e, desde, já sinto-me agradecido por este reconhecimento”, confessou o produtor cultural. Apesar do prémio, sublinhou, deve-se continuar a caminhar para que o país se desenvolva, com a realização de actividades culturais, ou seja, devemos sistematizar as artes em Angola para que haja uma cultura brilhante e surja o mercado das artes, que é uma parte das indústrias culturais e criativa.

Já Yuri Simão ressaltou que ser outorgado é um sentimento único, tendo acrescentado que o reconhecimento é de toda a equipa que trabalha para a realização do Show do Mês.

O mérito, prosseguiu, é um incentivo para continuar com o projecto e contribuir de maneira a fazer cultura de Angola para angolano.

Ana Ferreira, outra distinguida, realçou que é agradável, "porque o que fizemos agrada a todos e com esta classificação me sinto incentivada a continuar a escrever as peças de teatro”.

A pessoa que escreve, disse, tem que ter público, porque se isso não acontecer, deve-se parar de escrever, referindo que quer ser lida por pessoas de diferentes latitudes.

"Tenho projecto para um futuro espectáculo e mais de três peças que estão escritas. Mas que estão à espera de oportunidade para a sua divulgação”.

Numa avaliação feita em relação ao teatro nacional, Ana Ferreira explicou que as artes cénicas em Angola vivem um momento vibrante, mas que é preciso fazer mais para esta classe.

"Hoje, temos muitas pessoas a fazer teatro e vários grupos teatrais, duas escolas de arte, uma do ensino médio e outra do superior, diversidade de espectáculo acontecerem em Luanda e em outros pontos do país. Mas precisa-se de mais apoio institucional, administrativo, para que os fazedores de teatro se tornem um exímio profissional, para isso é necessário que estes autores tenham um salário condigno”.

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