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Projectos de gás deveriam reiniciar em Cabo Delgado

O Presidente moçambicano disse ontem que a petrolífera francesa TotalEnergies já devia ter retomado as operações em Cabo Delgado, classificando o apelo da França para que cidadãos daquele país não viagem para alguns pontos da província como "decisão diplomática".

24/02/2024  Última atualização 07H25
Filipe Nyusi, Presidente da República de Moçambique © Fotografia por: DR
"Para mim a retoma do projecto devia ter sido ontem ou no mês passado", declarou Filipe Nyusi, questionado por jornalistas sobre a situação de segurança de Cabo Delgado face a novas incursões rebeldes, momentos após orientar uma reunião do Governo em Pemba, capital provincial. A Embaixada de França em Moçambique está a apelar aos cidadãos franceses para não viajarem para as cidades de Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, em Cabo Delgado (Norte), devido à "ameaça terrorista".

"Devido à presença de uma ameaça terrorista e de rapto nas cidades de Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, é fortemente recomendado não viajar para estas cidades, bem como viajar nas estradas que ligam estas localidades", lê-se numa mensagem aos viajantes publicada há uma semana pela Embaixada de França em Maputo. "Quem falou não foi o dono do projecto, foi um diplomata, pelo que ouvi", limitou-se a declarar ontem o Chefe de Estado moçambicano.

No domingo, o Presidente de Moçambique demonstrou desconforto com o apelo da França aos seus cidadãos para não viajarem para Cabo Delgado, Norte do país, devido à "ameaça terrorista", falando mesmo numa agenda. "Cada país tem uma agenda e a agenda é alinhada e integrada. Deve haver um motivo qualquer por que foi feito um comunicado", disse Filipe Nyusi, à margem da cimeira da União Africana, em Adis Abeba.

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