Sociedade

Provedora garante ajuda para os autistas

Jurelma de Castro

Jornalista

A provedora de Justiça garantiu, terça-feira, em Luanda, que vai reforçar a advocacia junto das autoridades competentes e sensibilizar a sociedade, de forma a dar mais apoio às pessoas autistas.

03/04/2024  Última atualização 13H05
Presidente da Associação informou à provedora sobre a actual situação dos membros © Fotografia por: DR
Florbela Araújo assumiu, numa visita efectuada à Associação Angolana de Apoio à Pessoa Autista e Transtorno Global de Desenvolvimento (Apegada), o compromisso de apoiar as vítimas desta patologia.

"As pessoas com deficiência são discriminadas todos os dias. Porém, o sector da Educação tem feito um trabalho para uma maior inserção dos autistas na sociedade”, disse, acrescentando que, actualmente, o número de portadores desta deficiência é de mais de dois mil.

Em relação às questões relacionadas com o emprego, nalguns casos, lamentou, as pessoas com deficiência são admitidas para fazer estágio, mas dificilmente são empregadas, apesar de muitos deles terem o Ensino Superior concluído.

A saúde, apontou, é umas das questões que precisa de mais atenção das autoridades competentes. "Outra das preocupações apresentadas pela associação é com o espaço desta, que precisa de ter condições dignas e se tornar legalizado, em especial quanto à documentação”, criticou, além de informar que devido ao problema da falta de documentos a associação não consegue obter apoios de empresas, públicas ou privadas.

Causas e tratamento

O neuropediatra Walter Diogo disse, ontem, entrevista ao Jornal de Angola, que ainda não se sabe ao certo o que ocorre com o cérebro das pessoas autistas, mas alguns estudos indicam que factores genéticos, biológicos e ambientais podem estar na base destes transtornos.

De acordo com neuropediatra, o autismo ainda não tem cura e cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado, onde a participação dos pais e outros membros da família é muito importante.

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