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Qualificação do Petro de Luanda às meias-finais presa pela vitória

Betumeleano Ferrão

A vitória da qualificação pode ser suada ou apertada, mas é incontornável para o Petro de Luanda chegar às meias-finais da Champions. O TP Mazembe provou no jogo anterior que é um adversário indesejável.

06/04/2024  Última atualização 11H10
Representante angolano joga hoje tudo ou nada diante dos congoleses de Lubumbaxi © Fotografia por: EDIÇÕES NOVEMBRO

 Só resta uma única alternativa ao campeão nacional, queimar o ninho da águia do Congo, a partir das 17h00, no Estádio 11 de Novembro para garantir o apuramento, ainda dentro dos 90 minutos.

A baliza inviolável desde a fase do grupo realça a maior virtude da equipa tricolor, mas por razões óbvias, Alexandre Santos e pupilos agora têm de preocupar-se com a excelência atacante, porque a prioridade é resolver a eliminatória dentro do tempo regulamentar.

Com ou sem a pontaria dos avançados, o que interessa é que o Petro consiga derrotar o TP Mazembe, mesmo com um golo caído do céu, o mais importante é que vai chegar e bastar para o apuramento, o resto é conversa.

 O campeão nacional pode atacar melhor do que fez na primeira mão, mas para atingir este desiderato alguma coisa tem de alterar no seio do grupo. Mais do que mudar  atletas, é importante que o técnico Alexandre Santos tenha aproveitado a semana laboral para inculcar nova mentalidade competitiva nos seus pupilos.

 Realmente os petrolíferos precisam de uma exibição irrepreensível para sair do estádio de cabeça erguida, para tornar realidade o tal orgulho de que se falou antes e depois da primeira mão.

 As meias-finais estão diante do Petro de Luanda, mas a inversa também é

verdadeira, porque o TP Mazembe, igualmente depende de si para continuar a sua marcha na Champions.

 Este é um detalhe que deve merecer atenção extra, a eliminatória está em aberto, significa que cada um dos contendores tem a obrigação de usar tudo para vencer o decisivo duelo.

 Mais acostumado a ultrapassar este tipo de etapa, o

TP Mazembe vem ao 11 de Novembro com a ambição de voltar a eliminar o Petro, como em 2009, mas as circunstâncias são diferentes, porque agora a águia do Congo está forçada a voar para caçar a presa.

 O nulo da primeira mão frustrou os planos da águia do Congo, é por isso os tricolores não podem ter medo de depenar a ave de rapina. Mesmo que sofram um ou mais golos, o mais importante é o campeão nacional contar mais um golo.

Um dia a baliza tricolor deixará de ser imaculada, mas o que está em jogo é outra coisa bem diferente, ou seja, a solidez defensiva tem de servir de almofada para o ataque descansar com o conforto dos golos. Na hora da verdade a equipa deve concretizar algumas das oportunidades criadas.

Nenhuma equipa do mundo consegue uma eficiência de cem por cento, mas é importante que o Petro de Luanda esteja preparado para cumprir com a exigência mínima.

Mesmo se marcar primeiro, o embaixador angolano tem de estar plenamente preparado pa-ra reagir a todo o tipo de adversidade, realmente tem de ter cuidado com os erros defensivos, alguns dos calafrios da primeira mão foram bem consentidos, com mais concentração dava para evitar facilmente todo o perigo.

 A ideia da onda amarela é boa, mas o Petro de Luanda está acostumado a jogar e ganhar com muitos e com poucos nas bancadas. O TP Mazembe tem muitos adeptos em Angola, cidadãos da República Democrática do Congo, mas mesmo que apareçam milhares de angolanos na claque adversária, este detalhe só tem de servir de motivação para o campeão nacional, ainda mais, porque no relvado cada equipa continuará a ter o mesmo número de jogadores.

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