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Quénia vai enviar polícias ao Haiti

O Presidente queniano anunciou, sexta-feira, um acordo com o Haiti para o envio de agentes da polícia à ilha "dominada por gangues" naquela país, no âmbito de uma missão de manutenção da ordem pública apoiada pela ONU.

03/03/2024  Última atualização 10H02
Contingente policial está integrado na missão da ONU © Fotografia por: DR

O Chefe de Estado queniano, William Ruto, e o Primeiro-Ministro haitiano, Ariel Henry, de visita a Nairobi, segundo a Reuters, discutiram as próximas etapas para permitir a aceleração do destacamento.

Segundo o comunicado de imprensa, que não especifica se este acordo contraria a decisão de um tribunal queniano, que considerou ilegal o destacamento previsto de polícias para o Haiti no final de Janeiro. "Gostaria de aproveitar esta oportunidade para reiterar o compromisso do Quénia em contribuir para o sucesso desta missão multinacional. Acreditamos que este é um dever histórico, porque a paz no Haiti é boa para todo o mundo", afirmou o chefe de Estado.

Perante os apelos cada vez mais urgentes do Governo haitiano e da ONU, o Quénia aceitou, em Julho de 2023, liderar esta força de 2.500 a 2.600 homens, que o Representante Especial Adjunto da ONU no Haiti espera receber até o primeiro trimestre deste ano.

Em Outubro, a ONU deu luz verde a esta força, que é também apoiada pelos Estados Unidos. O parlamento queniano aprovou o destacamento, antes de este ser bloqueado por uma decisão judicial e o Governo anunciou a intenção de recorrer.

O político da oposição Ekuru Aukot, que apresentara uma queixa contra o destacamento, disse hoje à agência de notícias France-Presse (AFP) que vai apresentar uma queixa "por desrespeito ao tribunal".

O mês de Janeiro de 2024 foi o mais violento dos últimos dois anos no Haiti, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que lamenta o fato da "situação já desastrosa" se ter deteriorado ainda mais, num contexto de violência incessante e crescente dos gangues".

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