A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
O Governo do Bié iniciou a montagem de um sistema de protecção contra descargas atmosféricas nos nove municípios da província, pelo elevado número de pessoas que morreram nas últimas chuvas, devido a este fenómeno, garantiu, sexta-feira, o governador Pereira Alfredo.
O futuro de muitas famílias nas áreas afectas ao Lar Patriota, urbanização nobre de Luanda, é encarado com incerteza, porque, num ápice, a casa pode ser “engolida” pelo alastramento das ravinas.
Mauro Cabral, há dez anos a viver no Patriota, diz que enfrenta inúmeras dificuldades para entrar em casa em virtude do alastramento da ravina que "começou com uma pequena abertura no solo”, mas que hoje constitui uma preocupação que lhe tira o sono.
O assunto já foi reportado à administração local, mas, até ao momento, nenhuma resposta foi dada ou sinais de uma possível intervenção, explicou o morador. "Não conseguimos entender a postura do pessoal da administração do Patriota. Nunca demonstraram alguma preocupação com a situação dos munícipes. Hoje, tenho dificuldades para chegar a casa e a viatura é obrigada a ficar na rua”, sublinhou.
O sonho da casa própria, apontou, é um desejo de qualquer jovem que almeja constituir uma família, pelo que muitos fizeram créditos bancários para aquisição de uma moradia numa localização segura e protegida. Mauro Cabral, morador da rua TO13, sente-se, por isso, "aflito” quando, diariamente, acompanha o aumento das ravinas, pelo que, disse, os moradores pagam o imposto predial e não se regista uma intervenção para estancar esta situação crítica. Os sectores D e B, conforme constatámos, são os mais afectados.
Os moradores dessas áreas manifestam-se agastados pelo "desinteresse dos vários administradores” que passaram. A insatisfação, quando chamados a comentar o estado das ruas, é visível nas declarações dos moradores. "Sentimo-nos abandonados pelos governantes”. "Começamos a notar, pelo silêncio, que as preocupações dos moradores do Patriota não interessam a ninguém.
Os antigos administradores nem ligavam até saírem do distrito. Hoje, o novo administrador é mais sensível e procura formas de reverter a situação. Vamos esperar que consiga ajudar-nos”, sublinhou, um dos moradores.
Responsabilização
O grupo de moradores aponta que existem pessoas que geriram a administração do Lar Patriota que devem ser responsabilizadas por gestão pouco clara. Em 2010, a rua TO13 estava, completamente, asfaltada desde a pastelaria Patriota, passando pela administração, clínica ELFE e até a estrada principal. Mas, anos depois, a empresa H&C começou a realizar intervenções, como escavações, canaletas e tubagens de saneamento básico.
Concluído os trabalhos de infra-estruturas, faltam apenas os trabalhos de compactar e o asfalto. No entanto, a empresa recebeu a ordem de parar com a obra. A H&C, ao receber esta indicação de paralisação, elaborou vários relatórios técnicos e submeteu-os ao Ministério das Obras Públicas.
"A empresa queria concluir a obra com fundos próprios. Sabiam que a não conclusão da obra seria um desperdício de recursos financeiros, materiais e humanos”, disse Suzete Bizerra. Mauro Cabral manifestou-se inconformado com a situação, acresRavinas tiram sono aos moradores do Lar Patriota.
O futuro de muitas famílias nas áreas afectas ao Lar Patriota, urbanização nobre de Luanda, é encarado com incerteza, porque, num ápice, a casa pode ser 'engolida' pelo alastramento das ravinas centando que alguns actos e procedimentos administrativos levam os munícipes a concluir que houve gestão danosa dos recursos. "Graças a Deus, agora temos um administrador muito interventivo, o senhor José Mapuana, que, com os poucos recursos disponíveis, está interessado em resolver os problemas apresentados pelos munícipes”, disse Mauro Cabral.
Falta iluminação pública
A onda de crimes, que se regista na zona do bairro Patriota, provoca o medo, insegurança e revolta dos moradores. As várias ocorrências acontecem em períodos de bastante movimentado. Os criminosos aproveitam-se da falta de iluminação pública para realizar as acções, que deixam os moradores inseguros. Mesmo com a esquadra policial, os meliantes continuam a fazer das suas. Em várias residências, os moradores decidiram colocar lâmpadas para iluminar a rua. Esta colaboração ajuda a manter a zona iluminada, no período nocturno, para reduzir a onda de assaltos. Nelson Arrais disse que a falta de iluminação está na origem dos assaltos, pelo que defende a ideia de que a ENDE devia fazer uma redução no valor das cobranças dos moradores por fornecerem energia para a iluminação da via pública.
"Deveríamos ter, pelo menos, um 'abate' na redução nos custos das nossas despesas. Isso não é uma obrigação nossa, mas, sim, do Estado. Então, se esta nossa acção ajuda na redução dos assaltos à mão armada, deviríamos beneficiar de um desconto na factura de consumo.
Há muitos assaltos nesta zona do Patriota ultimamente”, frisou. O reforço do patrulhamento é outra medida que contribuiria, também, para inibir acções criminosas, apontou.
Nelson Arrais avançou que o estado das vias facilita as acções dos criminosos, que se aproveitam quando os automobilistas reduzem a velocidade do automóvel devido aos buracos.
Em alguns casos, entram nas residências e, após abordarem todos, retiram pertences valiosos e deixam a família em desespero. Numa destas ocasiões, no final do mês de Dezembro, homens arrombaram uma residência e um dos acusados vasculhou a cozinha até conseguir retirar uma faca, usada para golpear um dos vizinhos, que foi socorrido, a tempo, no hospital.
"Neste caso, o vizinho não morreu, porque houve auxílio a tempo e hora, porque o levamos rapidamente até uma unidade hospitalar onde foi socorrido”, frisou.
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A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Denise António, destacou, sexta-feira, em Luanda, a importância do Governo angolano criar um ambiente propício para a atracção de mais investidores no domínio das energias renováveis.
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