Política

Realidade do país analisada com a juventude da diáspora

Sandra da Silva

Jornalista

Cerca de 300 jovens angolanos residentes na diáspora participam, desde segunda-feira, em Luanda, no 1º Encontro Nacional com as Comunidades, sob o lema "Angola, o país real no contexto político, económico e social", a decorrer no Hotel Intercontinental.

02/04/2024  Última atualização 07H17
Norberto Garcia (ao centro) interveio no encontro de ontem © Fotografia por: Maria Augusta| Edições Novembro

O evento, uma iniciativa da Associação Movimento Nacional Angola Real (MONAAR) e o Gabinete de Estudos e Análises Estratégicas (GEAE) dos Órgãos Auxiliares do Presidente da República, serve de partilha de conhecimentos, tendo em vista o desenvolvimento de actividades de interesse comum, destinadas a contribuir para o bem-estar dos cidadãos.

De acordo com o director do GEAE, Norberto Garcia, o objectivo é ajudar a identificar os problemas, apresentar soluções, facilitar, congregar e criar um quadro de articulação operacional para que o país progrida.

Os esforços do Executivo, referiu o responsável, são demonstrativos da vontade e disposição em concretizar, também, o sonho dos angolanos que vivem na diáspora, com uma série de instrumentos económicos e financeiros à disposição.

 "As pessoas queixam-se da necessidade de maior abertura, facilitação, desburocratização e solidariedade e, hoje, o sector de investimento é muito democratizado a nível do sector financeiro e produtivo, e temos que estudar o problema e apresentar uma solução, porque o país é nosso, Angola é nossa, tem potencialidades riquíssimas. Só vamos experimentar pobreza e dificuldades se quisermos", disse.

Norberto Garcia revelou que o país conta com um total de 35 milhões de hectares de terras cultiváveis para os investidores do ramo da agricultura e 153 mil milhões nos bancos disponíveis para investir, tendo esclarecido que o Executivo recomenda, do ponto de vista político, uma acção mais proactiva.

"É preciso identificar os problemas, em sede dos quais existe falta de informação, articular e fazer combinações extraordinárias importantes, para que as coisas passem a funcionar da melhor maneira”, acrescentou.

Para o director do GEAE, o desafio está lançado e as pessoas que vivem na diáspora não devem enfrentar problemas burocráticos, na medida em que existe o MONAAR que se propõe a trabalhar em conjunto com os angolanos residentes no estrangeiro, para que possam ver os sonhos realizados.

 
Crescimento do país

O vice-presidente do MONAAR, Mateus Sebastião, esclareceu que a organização desenvolve um amplo projecto, cujo propósito é mostrar tudo quanto se tem para a construção de uma Angola nova e próspera.

O programa de investigação científica produzido pelo MONAAR, prosseguiu, permitiu constatar que a política adoptada pelo Executivo, no sector da Economia, tem alcançado progressos significativos, com a potencialização do empresariado nacional, privilegiando a produção interna de bens de amplo consumo.

Em relação ao sector da Agricultura, ressaltou Mateus Sebastião, a constatação que se faz é a de que houve avanços significativos que potenciam o sector industrial, transforma o país e estimula o desenvolvimento de outros sectores da economia, gerando novos empregos para a população jovem.

 A representante do go-vernador da província de Luanda no evento, Tatiana Morais, referiu que a análise do país no contexto político, económico e social convida os jovens a reflectir sobre o contributo que cada angolano, de forma individual ou colectivamente, pode e deve dar para o desenvolvimento harmonioso do país.

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