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Rede de distribuição de água no Zaire está a ser vandalizada

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Provincial de Águas e Saneamento do Zaire (EPASZ), Diasonama Nsoki, manifestou-se, terça-feira, em Mbanza Kongo, preocupado com a onda de vandalização da rede de distribuição de água.

20/03/2024  Última atualização 09H40
Restrições na distribuição de água já se arrastam há 20 dias, em consequência da avaria de três das quatro bombas elevatórias © Fotografia por: DR

A preocupação foi manifestada, ao Jornal de Angola, no quadro das jornadas comemorativas do Dia Mundial da Água, a assinalar-se sexta-feira, sob o lema "Consciencializar as pessoas a respeito da importância da água e da sua preservação”.

O PCA da EPASZ apelou às autoridades tradicionais e às comissões de moradores a continuarem a sensibilizar a população para denunciar os que vandalizam os equipamentos, com vista a evitar o desperdício de água.

Diasonama Nsoki deu a conhecer que os casos de vandalização da rede de distribuição de água foram encaminhados aos órgãos policiais, para que os seus protagonistas sejam responsabilizados.

Quanto às restrições na distribuição de água potável à cidade e arredores, que já se arrasta há 20 dias, em consequência da avaria de três das quatro bombas elevatórias a partir da Estação de Tratamento (ETA), o PCA da EPASZ aconselhou a população a fazer o uso racional da água, evitar o desperdício e manter fechadas as torneiras.

Diasonama Nsoki fez saber que, enquanto se aguarda pela chegada dos acessórios a partir da República Popular da China, a EPASZ- E.P conseguiu recuperar duas bombas elevatórias instaladas na Estação de Tratamento de Água de Mbanza Kongo, das quatro avariadas.

Outro problema que afecta a distribuição de água à cidade de Mbanza Kongo, segundo Diasonama Nsoki, tem a ver com roturas que surgem na rede em alguns bairros da região, situação que considerou de curta duração, uma vez que os técnicos procuram logo resolver a avaria.

Ligações domiciliares

O PCA da EPASZ avançou que, em breve, vão ser feitas mais 25 mil ligações domiciliares, nas zonas do Uíge e Bela Vista, ambas no bairro 11 de Novembro, na cidade de Mbanza Kongo, estando prevista, também, a construção de duas torres, com capacidade para 2.500 e 1.500 metros cúbicos, visando a melhoria da distribuição de água à população.

De salientar que a EPASZ-EP tem 10.007 clientes em Mbanza Kongo.

Cabinda regista défice no abastecimento à população

A província de Cabinda regista, há oito dias, problemas no abastecimento de água à população, situação que tem estado a provocar muitos constrangimentos.

O abastecimento irregular deve-se à desintegração de uma conduta, na zona do Chiazi, provocada por uma ravina que se alastrou devido às fortes chuvas que se registaram na madrugada de domingo.

A referida conduta sai da Estação de Tratamento de Água de Sassa-Zau, a 25 quilómetros do centro urbano, e transporta mais de quinhentos e cinquenta litros por segundo, até ao centro de distribuição do Simindele e do Tchizo.

Devido à avaria, está condicionado o abastecimento de água em bairros periféricos da cidade, incluindo a localidade de Subantando, a 13 quilómetros a leste da capital da província.

Cecília Manuel, de 24 anos, moradora do bairro Lombo-Lombo, periferia da cidade de Cabinda, transportando um bidon de 20 litros à cabeça, disse à reportagem do Jornal de Angola que teve de percorrer cerca de um quilómetro em busca de água.

A cidadã acrescentou que acordou de madrugada e até às 12 horas conseguiu, apenas, encher dois bidons de água. "Está mal, não estamos a aguentar mais, estamos a comprar cada bidon a 50 kwanzas”.

Nos poucos lugares onde existem furos artesianos, nos arredores da cidade de Cabinda, registam-se grandes enchentes.

O vice-governador para o sector Técnico e Infra-Estrutura, Agostinho da Silva, deslocou-se, segunda-feira, ao local onde se registou a rotura da conduta, a fim de constatar o andamento das obras de reposição da manilha. Na ocasião, Agostinho da Silva avançou que os trabalhos estão na fase final e que o problema será resolvido o mais rápido possível. Segundo o vice-governador, a ravina que provocou o dano foi estancada, para que cenários semelhantes não voltem a acontecer.

Kayila Silvina | Mbanza Kongo e Pedro Vicente | Cabinda

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