Mundo

Reservas de gás com 100 mil milhões de dólares

A consultora Deloitte concluiu, no seu último relatório, que as reservas de gás natural de Moçambique representam receitas potenciais de 100 mil milhões de dólares, destacando a importância internacional do país na transição energética.

13/02/2024  Última atualização 10H11
Deloitte realça papel de Moçambique na transição energética © Fotografia por: DR

"As vastas reservas de gás do país poderão fazer de Moçambique um dos dez maiores produtores mundiais, responsável por 20% da produção de África até 2040", refere o relatório de 2024 da consultora internacional sobre as perspectivas energéticas de África, dedicado a Moçambique, a que a Lusa teve ontem acesso.

Moçambique poderá "contribuir significativamente para as necessidades energéticas mundiais, tanto durante o período de transição energética como estabelecendo capacidades fortes em toda a cadeia de valor das energias renováveis.

A transição para as energias renováveis apresenta uma oportunidade para responder às necessidades energéticas do país, ao mesmo tempo que ultrapassa a adopção de tecnologia e desenvolve cadeias de valor locais e as novas competências para satisfazer estas necessidades da indústria", lê-se.

O relatório aponta que se espera que o gás natural "traga cerca de 100 mil milhões de dólares de receitas para Moçambique ao longo do seu ciclo de vida" e que o país tem ainda "uma vantagem competitiva significativa em energias renováveis com activos hidroeléctricos, como a barragem de Cahora Bassa (2.000 MW) e o "potencial futuro" da barragem de Mphanda Nkuwa (1.500 MW), "permitindo a descarbonização da indústria regional".

"O país também tem um elevado potencial solar", destaca o relatório, referindo-se às centrais (80 MW) que já foram instaladas em Mocuba e Metoro.

"Espera-se que a procura de electricidade pelas famílias aumente com o ambicioso programa de electrificação do Governo", denominado "Energia para Todos", bem como pelo "aumento do uso obrigatório de biocombustíveis" decidido pelo executivo, acrescenta a Deloitte.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo