Política

Reunião da ACP-UE reflecte a capacidade de Angola

Paulo Caculo

Jornalista

O secretário-geral da Assembleia Nacional, Pedro Agostinho de Neri, considera a realização da 1ª Sessão Parlamentar Paritária de África, Caraíbas e Pacífico e da União Europeia (ACP-UE), em Angola, uma prova do reconhecimento da capacidade organizativa e das condições que o país dispõe para acolher eventos de grande dimensão internacional.

12/02/2024  Última atualização 10H03
Pedro Agostinho de Neri, secretário-geral do Parlamento © Fotografia por: DR

Em declarações recentes ao Jornal de Angola, no âmbito da preparação da sessão parlamentar da ACP-UE, que decorre de 19 a 21 deste mês em Luanda, assegurou que o país foi escolhido para albergar a Assembleia Parlamentar Paritária, pelas boas referências na organização recente da 141ª reunião da União Interparlamentar (UIP).

"Quando somos escolhidos para albergar estes eventos é um reconhecimento, mas também um desafio que nos é colocado e que assumimos. É muito bom para o nosso país, porque além de ser visitado, abre-se também para o mundo”, disse Pedro de Neri, para quem estes eventos "agregam sempre valências”.

Este tipo de acontecimentos, disse, oferece oportunidades úteis para o país, do ponto de vista do turismo e do conhecimento real de Angola, porque entende que às vezes há pessoas que falam de um determinado assunto sobre o país no vazio, "quando não dominam efectivamente a realidade”.

Pedro Agostinho de Neri disse, ainda, que esta abertura a Angola para acolher eventos internacionais é sinal de que o país está em crescendo e a reunir condições de infra-estruturas e não só "para se colocar, também, na posição dos outros a nível do mundo”.

O secretário-geral da Assembleia Nacional ressaltou, igualmente, ser  "muito bom” para a rede hoteleira,  táxis e os operadores ligados a outras áreas.

"A realização destes eventos em Angola cria-nos maturidade para, a qualquer momento, albergarmos actos desta dimensão. E somos felizardos nesse aspecto”, regozijou-se.

O facto do país ter acolhido com sucesso a Assembleia da União Interparlamentar (UIP), segundo o secretário-geral do Parlamento angolano, permite encarar o novo desafio com toda a tranquilidade, sobretudo porque, em termos de dimensão, a Assembleia da UIP é bem maior e exigiu ao país maior empenho.

"Estão reunidas algumas experiências e alguma vivência, para que, efectivamente, esta reunião não tenha qualquer tipo de problema”, acrescentou, revelando em seguida que, do ponto de vista do dispêndio financeiro, as despesas para Angola serão mínimas.

"O investimento feito com a realização da Assembleia da UIP suporta todas as exigências que nos são colocadas, agora, pela Assembleia da ACP”, assegurou.

Para confirmar as condições técnicas e humanas preparadas por Angola, esteve em Luanda uma equipa dos membros da Missão Técnica dos Secretariados da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) e da UniãoEuropeia (UE), composta por Amath Faye e Marianne Lorentzen.

O secretário-geral da Assembleia Nacional esclareceu, na altura, que o encontro serviu para, entre outros assuntos, passar em revista o caderno de encargos, visando a partilha de responsabilidades entre o país anfitrião e a entidade organizadora. "Fizemos um recorrido às nossas capacidades instaladas, do ponto de vista técnico, tecnológico e humano, e acabamos por concluir que estão criadas as condições para albergar a reunião da ACP-União Europeia”, disse.

Pedro Agostinho de Neri sublinhou, também, que alguns aspectos de pormenor, abordados na reunião, serão, ainda, alinhavados com o Secretariado da ACP, mas garantiu que, grosso modo, não haverá razões para que não se realize a reunião da ACP-UE em Angola.

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