Rosa Quianga nasceu e cresceu em Angola. Aos 16 anos, foi ao Reino Unido, onde concluíu seu ensino superior em Gestão e Marketing, com especialização em Logística e cadeias de abastecimento.

Ao retornar à sua terra natal, iniciou sua carreira na Pumangol, onde actuou como coordenadora de Marketing. Posteriormente, integrou as equipas da multinacional Bosch, Grupo Castel e actualmente ocupa o cargo de directora de Marketing na Lactiangol, demonstrando determinação e dedicação em cada desafio enfrentado.

Com 31 anos, Rosa Quianga compartilha que liderar uma equipa composta por homens e mulheres mais velhos, foi um desafio inicial, porém sempre acreditou que o lugar da mulher é onde ela desejar estar. Com garra e comprometimento, ela se esforça para contribuir da melhor forma  na empresa que a acolheu, sem se deixar intimidar pelo género ou idade.

Rosa destaca a coragem, força e poder das mulheres em diversos sectores, enfatizando a importância da celebração das conquistas femininas durante o mês de março. Para ela, trabalhar na área de Marketing sempre foi um sonho, e com o apoio de sua família, conseguiu realizá-lo. Encoraja as mulheres jovens a não desistirem de seus sonhos, incentivando a busca por qualificação e a inserção no mercado de trabalho para contribuir com o desenvolvimento do país.

A directora ressalta os avanços das mulheres angolanas na sociedade e destaca figuras inspiradoras que contribuíram para diversos sectores. Apesar dos desafios enfrentados pela liderança feminina no mundo corporativo, Rosa acredita que as mulheres possuem competências essenciais para assumir posições estratégicas e que a representatividade feminina em cargos de destaque tem crescido significativamente.

Ao defender a igualdade de género, Rosa Quianga enfatiza a importância de as mulheres terem voz, liberdade de escolha e igualdade de oportunidades. Ela incentiva as mulheres a se capacitarem, trabalharem arduamente e contribuírem para o desenvolvimento do país em diversas esferas.

Por fim, Rosa reafirma que o lugar da mulher é onde ela desejar estar, destacando as conquistas alcançadas e a importância do reconhecimento da mulher em sua plenitude, para além dos papéis tradicionais de mãe e de esposa, mas como agente activa na sociedade.

"Muito já se conquistou, a aceitação da mulher na sociedade, o direito ao divórcio, a liberdade amorosa o que dá a entender que, enquanto mulheres, estamos sempre atrás do devido reconhecimento de não sermos somente mães e esposas, mas sim nos afirmamos mais na nossa sociedade”, finalizou.