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Rússia evita ataque à frota no Mar Negro

A Rússia reivindicou, domingo, ter repelido um ataque ucraniano a um navio da Frota do Mar Negro no porto de Sebastopol, na península da Crimeia.

22/04/2024  Última atualização 09H50
Mikhail Razvozhaev, governador de Sevastopol © Fotografia por: DR

O ataque, alegadamente efectuado com mísseis antinavios, ocorreu, ontem, de manhã na parte Norte da base da frota russa, disse o governador de Sevastopol, Mikhail Razvozhaev.

"Um pequeno incêndio deflagrou e foi rapidamente extinto", acrescentou Razvozhaev nas redes sociais, segundo a agência espanhola EFE.

O governador de Sebastopol não identificou o navio atacado.

Na sequência do ataque, o trânsito na ponte da Crimeia, a única ligação entre a península e a Rússia continental, foi temporariamente suspenso.

Testemunhas relataram a passagem de vários carros de bombeiros na direcção da baía.

Com mísseis e 'drones' navais e aéreos de fabrico próprio, a Ucrânia conseguiu, desde o início da guerra, destruir um terço dos navios da Frota do Mar Negro que lhe causaram tantos danos nos primeiros meses de hostilidades.

Em Fevereiro, Kiev destruiu o navio de desembarque "Caesar Kunikov" e a corveta de transporte de mísseis "Ivanovets" ao largo da costa da Crimeia e, no início de Março, afundou também a corveta "Sergey Kotov".

O comandante-em-chefe da Marinha russa e o chefe da Frota do Mar Negro foram demitidos em consequência do êxito dos ataques ucranianos.

A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, e Sebastopol é a base da Frota do Mar Negro.

Depois de ter invadido a Ucrânia novamente em 24 de Fevereiro de 2022, desencadeando a guerra em curso, a Rússia anexou mais quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa sobre as cinco regiões anexadas.

Kiev exige mesmo a retirada das tropas russas de toda a Ucrânia, incluindo a Crimeia, como pré-condição para eventuais negociações de paz.

Em resposta, Moscovo tem afirmado que as autoridades ucranianas têm de se adaptar à nova realidade.


Ajuda dos EUA a Kiev sem   impacto "no campo de batalha”

A Rússia desvalorizou, ontem, a nova ajuda concedida pelos Estados Unidos à Ucrânia, afirmando que nada será alterado no campo de batalha e que as tropas de Kiev serão derrotadas.

O pacote de ajuda, de 61 mil milhões de dólares (57,2 mil milhões de euros), foi aprovado no sábado pela Câmara dos Representantes após meses de impasse devido à oposição republicana.

"Isso não vai alterar a situação no campo de batalha. O regime criminoso de Kiev será derrotado", considerou o presidente da Duma, a câmara baixa da Assembleia Federal, Vyacheslav Volodin, citado pela agência espanhola EFE.

Volodin disse que, com a decisão, "os Estados Unidos, estão a forçar a Ucrânia a lutar até ao último ucraniano".

O político referiu, também, que a decisão será desastrosa para a economia da Ucrânia, que ficará privada de um futuro.

Segundo Volodin, a maior parte do dinheiro do pacote de ajuda será utilizado pelos próprios norte-americanos para "reabastecer os arsenais dos Estados Unidos" (23 mil milhões) e para "operações militares na região" (11,3 mil milhões).

"O próprio Presidente dos EUA, Joe Biden, não esconde o facto de que os fundos atribuídos serão recebidos principalmente por empresas norte-americanas", afirmou.

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