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Rwanda reforça contingente militar em Cabo Delgado

O Rwanda está a reforçar o actual contingente de 2.500 militares que combate os grupos insurgentes em Cabo Delgado, noticiou, sábado, a agência Lusa, citando o anúncio do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, que se reuniu, na sexta-feira, em Kigali, com o homólogo rwandês.

19/05/2024  Última atualização 08H23
© Fotografia por: DR

"Esta semana está a desembarcar mais contingente, não para trocar (revezar os militares), mas para acrescentar fluxo. E isso, sobretudo, por causa da saída da SAMIM (missão militar dos países da África Austral), e quando sair definitivamente da zona de Macomia vamos ocupar”, avançou Filipe Nyusi, em declarações aos jornalistas, durante o balanço da visita que realizou até sexta-feira ao Rwanda.

"Não porque Moçambique não pode (assegurar a defesa), mas não se combate terrorismo só. Mas a responsabilidade maior é dos moçambicanos”, enfatizou Nyusi, que também se reuniu em Kigali, nesta visita, com o presidente da TotalEnergies, Patrick Pouyanné.

A petrolífera francesa suspendeu, em 2021, devido aos ataques de grupos insurgentes, o megaprojecto de gás natural em Palma, Cabo Delgado, de 20 mil milhões de dólares, e para Filipe Nyusi, que transmitiu ao líder da TotalEnergies a decisão de reforço do contingente do Rwanda, que garante a segurança naquela aérea, a dúvida não é "se vai retomar (o projecto), mas quando”.

"Ficou completamente seguro que o Rwanda coopera com o país, não coopera com pessoas. E o maior orgulho que nós teríamos era deixar as coisas bem-feitas para ter a sua continuidade”, disse ainda Filipe Nyusi, aludindo ao ciclo eleitoral de Moçambique, que realiza a 9 de Outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais o actual Chefe de Estado já não pode concorrer, por ter atingido o limite de dois mandatos.

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