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Rwanda rejeita retirar mísseis do Leste da RDC

O Rwanda rejeitou, terça-feira, os apelos dos EUA para a retirada de tropas e mísseis no Leste da RDC, afirmando que estão a defender o seu território, enquanto o Congo realiza uma "dramática escalada militar" perto da fronteira comum.

21/02/2024  Última atualização 09H37
Governo de Kagame diz que defende o território de ameaças © Fotografia por: DR

Num comunicado, citado pela Efe, o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu ameaças à segurança nacional do Rwanda decorrentes da presença no Leste da RDC de um grupo armado que inclui alegados autores do genocídio de 1994.

 O grupo rebelde, conhecido pelas iniciais FDLR, "está totalmente integrado” no Exército congolês”, afirma Kigali. O Departamento de Estado dos EUA, num comunicado divulgado sábado, criticou o agravamento da violência causada pelo M-23, descrevendo-o como um grupo armado "apoiado pelo Rwanda”.

Essa declaração também instou as autoridades de Kigali "a retirarem imediatamente todo o pessoal das Forças de Defesa do Rwanda da RDC e a remover os sistemas de mísseis terra-ar”.

A declaração dos EUA representou "uma mudança abrupta na política, ou simplesmente uma falta de coordenação interna”, fazendo com que o Rwanda "questionasse a capacidade dos norte-americanos de servir como um mediador credível” na região dos Grandes Lagos, considera o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Rwanda.

Especialistas da ONU disseram anteriormente que tinham "provas sólidas” de que membros das Forças Armadas do Rwanda estavam a conduzir operações em apoio ao M-23. O grupo rebelde causou o deslocamento de centenas de milhares de pessoas na província do Kivu Norte, nos últimos anos.

Os combates perto de Goma, maior cidade da região, intensificaram-se nos últimos dias, à medida que os rebeldes ameaçavam tomar a metrópole. Os residentes da cidade vizinha de Sake têm fugido dos violentos combates entre as tropas do Governo e o M-23.  

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