Depois de quase um ano a jogar no recinto emprestado, devido às obras de reabilitação ao recinto desportivo, um dos objectivos de Roque Sapiri era brindar os adeptos da equipa com uma vitória.

Nos primeiros minutos, viu-se um Sagrada Esperança mais motivado, talvez por travar o Petro em Luanda, na jornada passada, e fazer com que os diamantíferos continuassem a sonhar com a conquista do Girabola.

Com estratégias semelhantes, os oponentes apresentaram-se bastantes calculistas nos lances e jogavam no erro do adversário. Aos 23 minutos, o atacante Dabanda teve a oportunidade de fazer o primeiro golo do desafio, mas valeu a atenção do guarda-redes Rachoni, que anulou a festa dos donos da casa.

Ainda assim, o líder da competição não se intimidou pelo barulho proveniente das bancadas. Os adeptos locais estavam eufóricos para consumar em uníssono o grito. A alegria transformou-se em tristeza minutos depois. Aos 27, o suspeito de costume silenciou completamente o Estádio Sagrada Esperança. Mussa abriu o marcador a favor dos forasteiros, após a marcação de um pontapé de canto.

Ante a alegria dos visitantes, os anfitriões não cruzaram os braços. No último minuto da primeira parte (45), chegaram ao golo de empate por intermédio de Dabanda, que cumpriu com mestria a jogada desenhada por Victoriano e rematou sem hipóteses para o guarda-redes Rachoni.

No reatamento, os donos da casa entraram mais determinados a inverter o rumo do jogo. O médio Victoriano desfez a igualdade com o golo apontando aos 50 minutos.

Com objectivo de mudar o ritmo da contenda, o treinador da equipa da Lunda-Sul, Maurílio Silva, fez algumas alterações no xadrez. Uma tarefa que parecia mais difícil por jogar reduzido a dez unidades, devido à expulsão de Cedrick, aos 25 minutos, por admoestação de um cartão vermelho directo por entrada perigosa ao médio Cachi.

As coisas estavam mais difíceis para o técnico brasileiro, pois, não conseguia encontrar a fórmula perfeita para sair da vizinha província com os três pontos na bagagem e continuar na luta do título.

Motivados com a presença do público, os diamantíferos ampliaram a vantagem com um golo de belo feito do médio Cachi, após o pontapé de canto cobrado por Victoriano.

Minutos depois, o jogo baixou de qualidade. Ainda assim, os donos da casa confirmaram a goleada com o quarto golo, apontado por Jaime Pimpão, aos 90 minutos.

Com este resultado, o Sagrada soma 43 pontos e quebra a invencibilidade do líder, Desportivo da Lunda-Sul, que continua no topo do Girabola, apesar da derrota.

Quem faz luta cerrada ao líder, é o Petro de Luanda. Os campeões nacionais foram a Benguela arrancar os três pontos à Académica do Lobito e saíram coroados com uma goleada de 4-0, no Estádio Nacional de Ombaka.

Depois do desaire na jornada anterior frente ao Sagrada, os tricolores sabiam que era necessário não voltar a perder pontos, se quisessem continuar com o sonho da conquista do Girabola.  Tiago Azulão esteve em destaque, ao bisar, aos 8 minutos, na marcação de penalti, e aos 53 minutos. Soares, aos 42 minutos, e Julinho, aos 63 minutos, completam a lista de marcadores.

Para a mesma ronda, o Bravos de Maquis agravou a crise do Kabuscorp do Palanca. Em quatro jogos consecutivos, a equipa da Rua F não vence. Os maquisardes derrotaram os palanquinos por 2-0 no Estádio Mundunduleno. Os golos foram apontados por Emmanuel, aos 26 minutos, e Macaiabo, aos 38´.

A surpresa da tarde foi no Estádio 1.º de Maio, onde o último classificado, o Recreativo do Libolo, foi ao terreno do Clube União de Malanje e goleou a equipa anfitriã por 4-0. Os golos dos libolenses foram apontados por Toko Filipe, aos 6 ́, Andeloy, no minuto 29 e Pneu que bisou aos 30' e 55.

Armando Sapalo e Elsa Arroz / Dundo e Luanda