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Sall quer presidenciais após o fim do mandato

O Chefe de Estado senegalês, Macky Sall, vai pedir ao Conselho Constitucional um parecer sobre as recomendações de que as presidenciais decorram após o fim do seu mandato, permanecendo em funções até à tomada de posse do sucessor, anunciou, ontem, a Presidência da República.

01/03/2024  Última atualização 07H35
Chefe de Estado senegalês, Macky Sall © Fotografia por: DR
As eleições no Senegal, que deveriam decorrer no passado domingo, 25 de Fevereiro, foram adiadas pelo Presidente Macky Sall a horas do início da campanha eleitoral, em 3 de Fevereiro, e marcadas para 15 de Dezembro, data reprovada pelo Conselho Constitucional, que orientou que as presidenciais fossem realizadas no mais curto espaço de tempo.

"O Chefe de Estado remeterá o assunto ao Conselho Constitucional para que se pronuncie sobre as conclusões e recomendações do diálogo nacional", evento convocado por Macky Sall e que decorreu na segunda e na terça-feira”, lê-se num comunicado de imprensa da Presidência.

Macky Sall receberá o relatório com as conclusões do "diálogo nacional" na próxima segunda-feira, acrescenta o comunicado, que não indica quando é que o Chefe de Estado se irá pronunciar sobre estas recomendações, em referência a uma data para a realização das presidenciais.

Os participantes no "diálogo nacional" apreciaram a situação complexa do mandato do Presidente senegalês, que termina em 2 de Abril, mas ficaram divididos sobre o seu prolongamento até à posse do seu sucessor, avança a imprensa local. A oposição boicotou o "diálogo nacional", uma iniciativa presidencial para se tentar chegar a acordo sobre a data das eleições e tirar o país, considerado um dos mais estáveis da África Ocidental, de uma das mais graves crises das últimas décadas.

A Presidência do Senegal salienta, ainda, que o Governo aprovou, ontem, um Projecto de Lei que amnistia os actos cometidos durante os distúrbios que assolaram o país nos últimos três anos, no meio da crise em torno do adiamento das eleições presidenciais.

A amnistia geral foi proposta pelo Chefe de Estado senegalês, Macky Sall, com o propósito de "acalmar o clima político, reconciliar os cidadãos e ultrapassar a crise polítca", segundo a acta do Conselho de Ministros. O texto deve ser aprovado pela Assembleia Nacional, numa data não especificada.

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