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São Tomé e Príncipe: Funcionários Públicos sem aumento salarial

O Governo são-tomense afirmou, sábado, que não vai fazer aumento do salário para nenhum sector da Função Pública este ano, devido aos compromissos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), sublinhando que o Orçamento de 2024 já tem a dotação para o pagamento, pela primeira vez, do subsídio de férias e de Natal para todos os funcionários públicos.

03/03/2024  Última atualização 10H12
© Fotografia por: DR

"Não há aumento salarial para ninguém no ano económico 2024, isso foi dito desde Novembro de 2023", sublinhou o ministro das Finanças de São Tomé e Príncipe, Ginésio da Mata, em reacção à greve dos professores que exigem aumento do salário base de 2.500 para 10 mil dobras, cerca de 100 para 400 euros.

Ginésio da Mata apelou aos líderes sindicais "para de forma consciente se responsabilizem das suas acções, porque se o Governo não atende ao pedido que é feito não é porque não tem vontade de o fazer, mas é porque o país não reúne condições para o fazer".

"Todos os funcionários públicos terão não 12 mensalidades, mas 14. Já está aprovado", assegurou o governante. No caso dos professores, Ginésio da Mata disse, ainda, que o Governo vai iniciar, este ano, a regularização das promoções de carreia docente que estava congelada desde 2013, por isso não é possível "no mesmo exercício económico" fazer a "actualização do salário e muito menos na proporção que está a ser exigida".

A ministra da Educação, Isabel D'Abreu, sublinhou que a reivindicação dos professores "teve um tratamento imediato", considerando que dos 22 pontos do caderno reivindicativo apresentado em princípio de Dezembro, 17 foram resolvidos, porque o Ministério já tinha uma organização para o efeito, incluindo a melhoria de infra-estruturas e promoção dos professores.

Isabel D'Abreu disse que não havendo possibilidade de aumento do salário o Governo admitiu vários aumentos e novos subsídios, nomeadamente de deslocação, isolamento e aumento pagamento das horas lectivas, principalmente aos professores do ensino básico, mas os representantes da intersindical não aceitaram.

"Hoje em dia, deixarmos essas crianças sem aulas é um caos", admitiu a ministra da Educação, a baixo nível de "nível de aprendizagem" bem como "o tipo de professores" que estão no sistema, mas que apresentam "muitas dificuldades", dos quais cerca de 300 recebem formação complementar para aperfeiçoamento pedagógico. Segundo a ministra por causa da greve cerca de 80.843 crianças poderão ficam em casa, sem data de regressar às aulas, o que será um constrangimento também os países e encarregados de educação.

As escolas são-tomense estiveram sexta-feira  com salas vazias, professores concentrados em pequenos grupos, empunhando cartazes com frases de descontentamento reivindicação do aumento salarial, marcando o primeiro dia de greve, com quase 100% de adesão, segundo o sindicato.

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