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São Tomé regista cerca 90% dos nascimentos

São Tomé e Príncipe é um dos 10 países africanos que regista pelo menos 90% dos nascimentos, de acordo com um estudo da Fundação Mo Ibrahim.

31/01/2024  Última atualização 12H55
© Fotografia por: DR

Segundo o relatório de 2023 do Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG), Argélia, Botswana, República do Congo, Djibuti, Egipto, Marrocos, Serra Leoa, África do Sul e Tunísia, que representam 19,6% da população africana, têm um sistema que regista pelo menos 90% dos nascimentos no país, noticia a Lusa.

No relatório refere-se também que só três países africanos dispõem de um sistema de registo de óbitos que regista pelo menos 90% das mortes ocorridas: Egito, Maurícias e Seychelles.

Por outro lado, a República da Guiné, Malawi, Níger e Sudão do Sul registam menos de 10% das mortes ocorridas nos respetivos países. Estes são alguns casos referidos no relatório produzido pela Fundação Mo Ibrahim, no qual se indica existir uma forte correlação positiva entre o acesso a estatísticas de qualidade e uma governação eficaz.

Além de atraso nos sistemas de registo civil, no estudo lamenta-se a falta de informação sobre estruturas de saúde, a economia informal, o ambiente, a violência contra as mulheres, trabalho infantil e fluxos financeiros ilícitos.  Os autores do estudo defendem um maior investimento na recolha e análise de dados e sugerem estratégias para aumentar o impacto desta informação no progresso do desenvolvimento africano.

A independência dos institutos nacionais de estatística, o aproveitamento de fontes de dados alternativas, como os dados gerados pelos cidadãos e os dados de empresas privadas, e a aplicação de tecnologias como a inteligência artificial são algumas das propostas. "Sem dados, estamos a conduzir às cegas - as políticas são mal orientadas e o progresso no caminho para o desenvolvimento é limitado.

Temos de agir urgentemente para corrigir o problema da falta de dados em África", alertou o filantropo Mo Ibrahim, fundador e presidente da organização responsável pelo relatório. O relatório foi lançado em Accra, no Ghana, num evento organizado em conjunto com o Afrobarometer, cujo trabalho também contribuiu para este estudo baseado essencialmente no IIAG 2022, que avalia dados de 2012 a 2021 sobre 54 países africanos.

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