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O secretário de Estado para a Saúde Pública reiterou, quarta-feira , em Luanda, a aposta na formação de emergência de quadros nas diferentes áreas do sector, que prevê capacitar, até 2027, 38 mil profissionais.
Carlos Alberto de Sousa manifestou, na abertura do seminário "Com Angola no Coração”, um projecto criado em colaboração com a Itália para valorizar as competências no quadro da Saúde, o interesse das instituições italianas em participarem do projecto.
"No momento, o Ministério da Saúde tem vários projectos de cooperação com a participação e apoio de instituições italianas”, avançou, realçando que o projecto "Com Angola no Coração” está a ser desenvolvido entre o Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento (CHDCP) e o Centro Cardiológico Monzino, na Itália, com o apoio da empresa Azulle Energy e a Embaixada italiana em Angola.
O projecto, avançou, inclui a assistência médica por via da realização de consultas e cirurgias cardiovasculares de elevada complexidade, assim como a formação das equipas multiprofissionais, a investigação científica, o apoio à gestão na manutenção das infra-estruturas e equipamentos.
"Mais do que tudo, o projecto é um espaço de interacção e partilha entre profissionais de Angola e da Itália”, destacou, acrescentando que uma das apostas é a formação de técnicos de imagiologia. "Prevemos o alargamento para técnicos de outras unidades sanitárias do país, ligadas ao rastreio das doenças cardiovasculares”.
Cooperação
O embaixador da Itália, Cristiano Gallo, disse, ontem, que vão continuar a desenvolver uma estreita cooperação científica, na área de Saúde, que inclui a formação especializada.
O diplomata realçou que o encontro teve como objectivo valorizar os resultados do projecto de colaboração entre o Complexo Hospitalar Dom Cardeal do Nascimento e o Centro Cardiológico Monzino.
A iniciativa, avançou, permitiu ir além da troca de experiências e da formação de pessoal qualificado, favorecendo a criação de uma rede de profissionais dentro e fora de Angola e, assim, melhorar o acesso aos Serviços de Saúde.
"A Saúde tem sido um dos sectores para o fortalecimento das relações bilaterais cada vez mais sólidas entre Angola e Itália”, disse, adiantando que o seminário é uma prova dos excelentes resultados que se podem atingir com a cooperação entre os dois países.
Estatística
Actualmente, informou o secretário de Estado para a Saúde Pública, o projecto de rastreio de doenças cardíacas permitiu a realização de 1.500 ecocardiogramas no CHDCP, assim como nos Hospitais Azancot de Menezes e Divina Providência e no Centro de Saúde Nossa Senhora de Fátima, em Luanda. Desde a abertura do Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento já foram feitas mais de 650 cirurgias de alta complexidade, de acordo com o director da Instituição.
Carlos Alberto Masseca referiu que, além das parcerias existentes com especialistas estrangeiros, a maioria das cirurgias foram realizadas por médicos nacionais. "É uma amostra do interesse dos profissionais e a vontade em consolidar a instituição”, disse.
Em relação a cooperação com a equipa italiana, Carlos Alberto Masseca ressaltou que vai reforçar os esforços desenvolvidos por profissionais angolanos, com o objectivo de melhorar a qualidade da cirurgia. "Estamos a criar um verdadeiro espaço de interacção entre os profissionais angolanos e italianos”.
Investimento
O director dos Assuntos Governamentais e de Relações Externas da Azule Energy, Hélder Silva, avançou que a empresa fez um acordo, de três anos, com o Ministério da Saúde, orçado em 22 milhões de dólares, com o objectivo de apoiar Angola na melhoria das capacidades do Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento.
"É importante frisar que a parceria vai além do apoio financeiro. Acreditamos numa abordagem integral, que fortalece a infra-estrutura, a capacidade e o acesso aos serviços de cardiologia e cirurgia cardíaca em Angola”, disse.
Através de iniciativas de formação, destacou, o apoio à gestão e expansão de unidades de saúde permitiu capacitar os profissionais locais e, simultaneamente, melhorar o atendimento aos pacientes.
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