Maria Tati, que falava no final de um seminário de capacitação dos líderes juvenis sobre o Plano Nacional de Contingência contra a Cólera, disse que, apesar do país não ter registado até ao momento casos da doença, o Ministério da Saúde criou uma Comissão Multissectorial que tem trabalhado a nível das unidades sanitárias, sobretudo ao longo da região fronteiriça, nomeadamente nas províncias do Cuando Cubango, Cunene e Cabinda, para a prevenção da doença.

"No caso de registo da doença, o Ministério está preparado para o devido tratamento”, garantiu a responsável, apelando, ainda assim, às populações no sentido de adoptarem medidas mais eficazes para um saneamento básico saudável, o consumo de água tratada, lavagem das mãos, higienização dos alimentos, sobretudo frutas, verduras, legumes, entre outras acções para a prevenção da doença.

O secretário de Estado para a Juventude, Francisco Boaventura Chitapa, informou que devido aos casos de cólera registados na RDC e Zâmbia, Angola está em estado de alerta máximo. Por isso, defendeu que se reforce a vigilância epidemiológica.

Diante do cenário desafiador, disse, o que se pretende é prevenir a ocorrência de casos de cólera no país, através do envolvimento dos jovens, que devem participar na resolução dos mais variados problemas sanitários.

Boaventura Chitapa garantiu que o Executivo está firme na implementação de políticas públicas para o desenvolvimento integral da juventude. "Por esta razão, contamos com a participação dos jovens, que vão trabalhar na sensibilização das comunidades sobre os cuidados que devem adoptar para se prevenirem da cólera”, disse.

Um total de 100 líderes de diferentes associações juvenis participaram, ontem, em Luanda, num seminário de capacitação sobre o Plano Nacional de Contingência contra a Cólera, promovido pelos Ministérios da Juventude e Desportos e da Saúde, em colaboração com o Instituto Angolano da Juventude (IAJ).

Segundo o director geral-adjunto do IAJ, José Mateus, o seminário teve como objectivo conferir aos distintos líderes juvenis as competências necessárias para actuarem nas comunidades como educadores e promotores de acções concretas para o combate à cólera, desde a distribuição de material educativo à mobilização por via dos órgãos de Comunicação Social, entre outras vias.

"Esta é uma formação de formadores, onde os presentes têm a responsabilidade de disseminar as informações nas localidades onde estão inseridos”, esclareceu.