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Sector aposta no aumento de escolas especiais inclusivas

O Ministério da Educação (MED) aposta na formação contínua e no aumento de docentes que leccionam em escolas especiais inclusivas, para além da capacitação de técnicos e gestores de escolas.

12/03/2024  Última atualização 09H10
Titular da pasta preocupada com a inclusão social e mais salas de aula para alunos com carências especiais © Fotografia por: Paulo Mulaza | Edições Novembro

A garantia foi dada, ontem, em Luanda, pela ministra da Educação, Luísa Grilo, durante a abertura da III fase do Projecto Escola de Todos, uma acção resultante da cooperação entre Angola e a República Federativa do Brasil.

Segundo Luísa Grilo, a formação visa capacitar os profissionais que, diariamente, lidam com crianças e jovens com deficiência, bem como, aumentar os conhecimentos para melhorar o atendimento educativo especializado, com tecnologias assertivas. "Estamos a transformar as escolas especiais em salas multiuso, com recursos humanos e materiais capazes de fazer um processo gradual de inclusão escolar, colocando alunos com deficiência em todas as turmas, para que possam interagir com os demais”, explicou.

Para tal, acrescentou, é necessário que hajam profissionais especializados na área de ensino das crianças com deficiência. "Não temos quadros suficientes. Portanto, este é um dos projectos que nos vai assegurar a formação contínua para os professores de diferentes áreas de especialidade da Educação”.

A ministra da Educação disse esperar que os participantes do curso possam, em situação concreta, dentro da sala de aula, utilizar uma nova perspectiva educativa no atendimento às crianças e aos jovens com deficiência, transtornos de espectro autista e altas habilidades, sem deixar ninguém.

O projecto, disse, não está direccionado, apenas, a profissionais da província de Luanda, mas, também, a todos os docentes a nível nacional.

O embaixador do Brasil em Angola, Rafael de Melo Vidal, enalteceu a iniciativa do Governo angolano na busca do desenvolvimento da educação, não só no ensino de base e superior, mas, também, na educação inclusiva. Por seu turno, a coordenadora do projecto educação para todos, Ana Pavão, reforçou que os professores estão a ser formados para depois formarem outros colegas, visando ao reforço da inclusão escolar.

Ana Pavão deu a conhecer que o projecto prevê 11 acções formativas, sendo a primeira sobre o atendimento educacional especializado e as restantes sobre a tecnologia assertiva, transtorno de espectro autismo e atenção às diferenças.

"O Brasil, pela terceira vez, vai proporcionar-nos outra visão para melhorar o atendimento educativo especializado”, afirmou Jesmilho Fino, professor, proveniente de Benguela.

Nelson Matias, professor do ensino especial, disse estar com muitas expectativas para, depois da formação, ajudar a melhor o processo de ensino e aprendizagem.

Celeste de Melo e Miguel Brás

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