Desporto

Selecção Nacional encerra preparação para o africano

Adilson Francisco

Jornalista

A Selecção Nacional de futebol para amputados encerra a preparação amanhã, com dois jogos amistosos diante do Misto de Viana, visando à disputa do Campeonato Africano das Nações, a decorrer de 18 a 30 do corrente, na cidade de Cairo, Egipto.

10/05/2024  Última atualização 13H10
Augusto Baptista e pupilos embarcam a 15 do corrente, para a cidade do Cairo, palco da prova, © Fotografia por: ARMANDO COSTA | edições novembro

O primeiro jogo de controlo acontece às 9h00 e o segundo às 17h00, no Estádio da Cidadela. Os desafios servem para avaliar a prontidão do combinado angolano, depois do estágio pré-competitivo efectuado no mês passado, em Istambul, Turquia. Os aspectos de jogo ligados à concentração defensiva, transições, construções ofensivas e finalizações, sem desprimor para as correcções pontuais, dominam as observações do seleccionador nacional, Augusto Baptista "Cheto”.

Campeão africano da edição de 2019, disputado em Benguela, Angola figura no Grupo D, ao lado da Tanzânia, Serra Leoa e o Rwanda. Na fase de grupos, a selecção faz estreia diante da Serra Leoa, 20 de Maio, o segundo jogo é com o Rwanda (21) e o último com a Tanzânia (22).

Em declarações ao Jornal de Angola, o seleccionador nacional, Augusto Baptista, abordou o estado actual do colectivo. "A equipa está coesa. Começamos a preparação desde Março e o grupo beneficiou, no mês passado, de um estágio pré-competitivo na Turquia, onde disputámos jogos com equipas daquele país. A selecção já estava pronta para a competição, mas foi adiada, em Abril. Tivemos de reiniciar tudo. Contudo, os jogadores corresponderam às expectativas”, disse. A viagem para o Egipto acontece no dia 15 e dois dias antes, a equipa técnica liderada por Cheto faz a primeira triagem.

Eis os convocados às ordens de Cheto: guarda-redes: Sebastião Canjuluka (Misto de Huambo), Jesus Mateus (1.º de Junho de Luanda), José Calingue (Misto do Bié), Ambrósio Chilala (Misto de Benguela), defesas, Paciência Félix, Francisco Amaro (Trabson da Turquia), Manuel Lingate (Gebze da Turquia), avançados, Heno Quilherme, Pedro Vicente (Izimir da Turquia), José Candeeiro, Lucas Fungula (Trabson da Turquia) e Catarino de Carvalho (Pendik da Turquia) Jeremias Augusto, Jerónimo Bendito (Misto do Huambo) e Abel Manuel (1.º de Junho), Rufino Katumbela (Misto de Benguela), Gracia Kiala (Misto do Uíge), Sabino Joaquim, Joaquim Tchimbinda (3 de Dezembro do Moxico) e Sandro do Rosário (1.º de Junho), médios, Domingos Mateus, Samuel Dembo, Armindo Félix (Misto do Uíge), Laurindo Lucamba, António Kambenje, Wilson Carruagem (Misto do Huambo), Ambrósio Manico (Misto de Benguela), Orlando Francisco e João José (1.º de Junho).

António da Luz (coordenador-geral), Sapalo Xamuzemba(coordenador-adjunto), Augusto Baptista (treinador principal), Hélder Baptista (técnico-adjunto), Aragão Correia (preparador físico), José Gavião (fisioterapeuta) e Nelson da Luz (técnico de equipamento) completam a equipa técnica.

A prova continental é qualificativa ao Mundial de 2026. Costa Rica, Japão, Polónia e Espanha são os países candidatos a acolher o Campeonato do Mundo.

Recentemente, o ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão, pediu máximo empenho à Selecção Nacional de futebol para amputados, visando aos melhores resultados no Campeonato Africano. Em declarações à imprensa, o governante afirmou que se trata de um conjunto com carácter de elite, por ser Campeã Africana de 2019 e Mundial de 2018, no México. Falcão tem elevada confiança no combinado, daí esperar um resultado positivo, que dignifica as cores da Bandeira Nacional.

O presidente do Comité Paralimpico Angolano (CPA), Leonel da Rocha Pinto, afirmou ser um momento de pressão para os atletas, acrescentando que todas as condições estão criadas para o resgate do título, perdido em 2021, na Tanzânia.

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