A África do Sul prepara-se para novo escrutínio, com o Congresso Nacional Africano (ANC) em rota descendente depois de, nos primeiros anos, parecer querer construir o país sonhado por Mandela, informou, ontem, agência Lusa.
Centenas de pessoas manifestaram-se, nesta sábado, na capital do Senegal, Dakar, para pedir ao Chefe de Estado do país eleições presidenciais antes do fim do seu mandato, a 2 de Abril, depois de o governante as ter adiado.
As eleições presidenciais no Senegal deveriam decorrer no domingo, mas, a 3 de Fevereiro, o Presidente do país, Macky Sall, ordenou o adiamento do sufrágio, na véspera do início previsto para a campanha eleitoral oficial.
A decisão foi chumbada pelo Conselho Constitucional, e a população continua sem saber quando irá às urnas e se os votos serão depositados antes ou depois de 2 de Abril, quando termina, oficialmente, o mandato de Macky Sall.
A incerteza tem alimentado a tensão e levou um movimento cívico e político a pedir que o escrutínio se realize sem demora. Respondendo ao apelo da coligação opositora F24 e ao colectivo cívico Aar Sunu Election (Protejamos as nossas eleições, em português), centenas de manifestantes concentraram-se na capital com apitos, buzinas e bandeiras do país para pedir eleições, noticiou, ontem, a Lusa.
As revindicações abrangiam ainda a libertação dos opositores Ousmane Sonko e Bassirou Diomaye Faye, e acabaram por se transformar num protesto contra o Governo. Realizada com a autorização das autoridades locais–apesar de a proibição de múltiplos comícios da oposição ter gerado um clima de tensão nos últimos anos, a manifestação decorreu sob o olhar das forças de segurança, à margem, sem intervirem. O Chefe de Estado senegalês reiterou, na quinta-feira, numa muito aguardada conferência de imprensa, que sairá de cena no final do mandato, mas manteve o tabu sobre a data das presidenciais.
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