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Senegal: Eleições presidenciais adiadas sem nova data

O Chefe de Estado senegalês, Macky Sall, anunciou, sábado, a revogação do decreto que fixava o dia 25 de Fevereiro como data das eleições presidenciais no país, adiando “sine die” o acto eleitoral.

04/02/2024  Última atualização 11H14
© Fotografia por: DR

A decisão surge após a criação de uma comissão parlamentar que investiga dois juízes do Conselho Constitucional, cuja integridade no processo eleitoral é contestada.

"Assinei o decreto de 3 de Fevereiro de 2024 que revoga o decreto” de 26 de Novembro de 2023, que fixava as eleições presidenciais para 25 de Fevereiro de 2024, disse o Presidente senegalês, num discurso à Nação, poucas horas antes da abertura dos trabalhos do Congresso.

Às presidenciais no Senegal deveriam concorrer 20 candidatos, entre os quais dois líderes da oposição.

A decisão do Chefe de Estado foi tomada horas depois de o partido do opositor Karim Wade, cuja candidatura às eleições presidenciais de 25 de Fevereiro foi rejeitada pelo Conselho Constitucional, ter pedido o adiamento do sufrágio, alegando graves falhas no processo eleitoral.

O Partido Democrático Senegalês (PDS) anunciou, num comunicado divulgado na noite de sexta-feira, uma "proposta de lei” para adiar as eleições, com o objectivo de "preservar a integridade e a transparência do processo eleitoral senegalês”.

"A nossa iniciativa parlamentar é motivada pelos inúmeros incidentes e desafios que distorceram o processo eleitoral, colocando em evidência disfunções graves”, afirmou o PDS.

A formação denunciou a "eliminação arbitrária de candidatos” das listas eleitorais, levando ao completo descrédito da democracia e das instituições no Senegal.

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