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Senegal: Sall promete nova data para as presidenciais

O Chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, prometeu, sábado, uma nova data para as presidenciais, após a orientação do Conselho Constitucional para realizar o mais rapidamente possível às eleições e abandonar a votação de 15 de Dezembro, indica um comunicado da Presidência da República.

18/02/2024  Última atualização 10H15
UE apela ao Presidente Macky Sall que cumpra as orientações de realização das eleições © Fotografia por: DR

"O Conselho Constitucional orientou a realização das presidenciais o mais rapidamente possível”, lê-se no comunicado citado pela AFP. Na sequência da decisão, têm surgido apelos, nacionais e internacionais, para que o Presidente do Senegal cumpra as orientações sem desvio e de uma forma cabal.

O Senegal atravessa uma das piores crises políticas da sua história pós-Independência desde que o Presidente Sall anunciou, a 3 de Fevereiro, o adiamento das eleições presidenciais de 25 de Fevereiro para 15 de Dezembro. A seguir, a Assembleia Nacional aprovou o adiamento e prolongou o mandato do Chefe de Estado, que terminaria em Abril, até à tomada de posse do seu sucessor. O adiamento deu origem a manifestações violentas que causaram a morte de três pessoas.

A União Europeia (UE) apelou, ontem, a "todas as partes" no Senegal a respeitarem a decisão do Conselho Constitucional, que invalidou na quinta-feira a decisão do Presidente Macky Sall de adiar as eleições presidenciais.

"A UE apela a todas as partes para que respeitem esta decisão e façam tudo o que estiver ao seu alcance para organizar as eleições em conformidade com a decisão do Conselho, realizando o pleito o mais rapidamente possível", declarou Nabila Massrali, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. A porta-voz recordou que a UE já tinha manifestado preocupação com o anúncio do adiamento das eleições presidenciais, previstas inicialmente para 25 de Fevereiro.

Impacto na coesão social

"A decisão de adiamento teve um impacto significativo na estabilidade e na coesão social do país", afirmou a porta-voz do chefe da diplomacia europeia, numa conferência de imprensa.

A União Europeia lamenta a morte de pelo menos três pessoas nas manifestações que tiveram lugar em várias cidades do Senegal, bem como o elevado número de feridos e detenções, refere.

"Tal como as Nações Unidas, a União Europeia apela à realização de investigações e condena o uso desnecessário e desproporcional da força contra os manifestantes e as restrições ao espaço cívico”, acrescenta, apelando que se esclareçam as condições em que estas pessoas morreram e a que as autoridades garantam as liberdades fundamentais, incluindo a liberdade de manifestação pacífica. As autoridades do Senegal libertaram 134 membros da oposição e da sociedade civil desde quinta-feira. Para hoje, está prevista a libertação de 90 pessoas, avançou o Governo à agência France-Presse.

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