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Simulacro testa eficácia do plano de resposta rápida ao terrorismo

Um simulacro de grande escala foi realizado, quinta-feira, no Porto do Lobito, para aferir a eficiência do plano de resposta rápida desta infra-estrutura a actos de terrorismo.

30/03/2024  Última atualização 08H02
Forças de ordem e segurança portuária em acção no Lobito © Fotografia por: DR
O exercício, realizado no âmbito dos festejos do 96.º aniversário do Porto do Lobito, celebrado a 24 deste mês, desenrolou-se em torno de um episódio de terrorismo, noticiou, ontem, a Angop.

Ao se detectar armas automáticas numa bagagem, acompanhada de granadas de mão, que se pretendia fazer passar para o embarque, seguiu-se um alerta do comandante do navio para a existência de munições a bordo, suspeitas de terem sido embarcadas no Porto.

O simulacro incluiu, entre outros cenários, a simulação de neutralização de um grupo de terroristas que colocou um engenho explosivo nas instalações portuárias do Lobito, fazendo exigências para não ser deflagrado e abandonarem as instalações.

Diversos órgãos participaram deste exercício, com destaque para as forças de segurança, incluindo a Marinha de Guerra Angolana, Serviços de Investigação Criminal, Segurança Portuária, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Capitania do Porto, Polícia Nacional, Serviços Médicos da clínica do Porto e outros mais.

Neste simulacro, a Marinha de Guerra Angolana, por meio da Região Naval Sul, participou com uma lancha rápida, uma equipa de mergulhadores e outra de fuzileiros navais, com o objectivo de frustrar o ataque terrorista.

No fim do evento, realizado de acordo com o código ISPS, o presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, destacou que o teste superou todas as expectativas, ao permitir avaliar a capacidade organizacional e operacional da empresa em situações de emergência, em coordenação com todas as forças de Defesa e Segurança.

Celso Rosas ressaltou, também, a importância dos portos realizarem exercícios semelhantes, anualmente, para aferir a sua capacidade de resposta em situações anómalas como o terrorismo e não só, e considerou o evento um sucesso.

O gestor indicou também que este simulacro se insere no programa anual de treinos e no plano de emergência da empresa portuária.

O PCA asseverou que a empresa realiza periodicamente exercícios de simulacro, quer exclusivamente internos, quer envolvendo a actuação de meios externos, com o intuito de testar o seu plano de emergência, de modo a ajustar a capacidade de intervenção e agilidade operacional das forças envolvidas.

Questionado sobre possíveis ocorrências, o PCA disse que "felizmente não tem havido, porque, em termos de segurança, o Porto está no nível 1, o que significa que a vigilância é centrada 24 horas por dia".

"Ela se inicia nas águas, antes de o navio atracar, e culmina com o movimento das pessoas, tendo-se um controlo total", assegurou Celso Rosas, acrescentando que os delinquentes conhecem o Porto e não tentam penetrar, porque sabem que "a vigilância é cerrada".

O contra-almirante, João Manuel Ambrósio, comandante-adjunto da Região Naval Sul para a Educação Patriótica, afirmou que exercícios como estes devem ser repetidos, pois são necessários para o treinamento das forças responsáveis pela segurança de navios e instalações portuárias.

De acordo com João Manuel Ambrósio, estes exercícios permitem ainda identificar melhorias a implementar nos processos de coordenação de situações reais de emergência, dando cumprimento aos mais exigentes requisitos nacionais e internacionais de segurança.

Participaram no simulacro os administradores executivos e não executivos do Porto do Lobito, vários representantes de órgãos de Defesa e Segurança, directores, chefes de departamentos e funcionários da empresa portuária.

Em 2023, foi realizado um simulacro de incêndio no cais norte, com o qual se pretendeu avaliar a capacidade de resposta das equipas afectas aos Serviços de Segurança Portuária, Marinha de Guerra e Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.

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