Política

Sindicatos reiteram greve a partir de amanhã dia 20

Alberto Quiluta

Jornalista

A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Central Sindical (UNTA-CS), Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), Força Sindical Angolana (FSA-CS) decretaram, segunda-feira, em Luanda, greve em toda a Função Pública, a partir de amanhã, dia 20.

19/03/2024  Última atualização 09H15
Porta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido © Fotografia por: Arsénio Bravo | Edições Novembro

Segundo o porta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido, que falava em conferência de imprensa, para a divulgação da declaração de greve, a mesma obedecerá três fases, devendo a primeira durar três dias, a segunda sete e a última 11 dias.

O sindicalista realçou que, desde a entrega do Caderno Reivindicativo ao Governo, a classe representativa dos trabalhadores não recebeu outra proposta que pudesse impedir a greve, agendada para amanhã.

"Entendemos que não havendo da parte do Governo, até hoje (ontem), qualquer proposta negocial, o caminho a seguir é de facto a greve geral”, admitiu.

Teixeira Cândido disse, ainda, que os sindicalistas se encontram firmes para as negociações com o Governo, sublinhando estarem há três meses neste processo de diálogo, que confessou estar a ser exaustivo, lamentando não haver, ainda, qualquer resposta em relação às questões designadas como principais.

Segundo o Caderno Reivindicativo, as centrais sindicais exigiam, inicialmente, um incremento de 245 mil kwanzas como salário mínimo nacional, o equivalente a 300 dólares, e no decurso das negociações reduziram até 100 mil kwanzas.

As centrais sindicais, disse, exigiram, também, o reajuste do salário da Função Pública, na ordem de 250 por cento, e a redução do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT) em 10 por cento.

Teixeira Cândido chamou, também, a atenção de alguns responsáveis que estão a fazer ameaças aos trabalhadores, tudo por conta da greve.

O sindicalista informou que, durante a greve, as centrais sindicais garantem os serviços mínimos em todas as unidades hospitalares e, igualmente, estão abertas para as negociações com o Governo.

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