O Presidente João Lourenço recebeu, sexta-feira, em audiência, em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro português, António Costa, que foi agradecer, pessoalmente, o Chefe de Estado angolano pela "excelente relação" que foram mantendo ao longo dos oito anos que esteve à frente do Governo.
A União Nacional dos Trabalhadores Angolanos - Central Sindical (UNTA-CS), Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), Força Sindical Angolana (FSA-CS) decretaram, segunda-feira, em Luanda, greve em toda a Função Pública, a partir de amanhã, dia 20.
Segundo o porta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido, que falava em conferência de imprensa, para a divulgação da declaração de greve, a mesma obedecerá três fases, devendo a primeira durar três dias, a segunda sete e a última 11 dias.
O sindicalista realçou que, desde a entrega do Caderno Reivindicativo ao Governo, a classe representativa dos trabalhadores não recebeu outra proposta que pudesse impedir a greve, agendada para amanhã.
"Entendemos que não havendo da parte do Governo, até hoje (ontem), qualquer proposta negocial, o caminho a seguir é de facto a greve geral”, admitiu.
Teixeira Cândido disse, ainda, que os sindicalistas se encontram firmes para as negociações com o Governo, sublinhando estarem há três meses neste processo de diálogo, que confessou estar a ser exaustivo, lamentando não haver, ainda, qualquer resposta em relação às questões designadas como principais.
Segundo o Caderno Reivindicativo, as centrais sindicais exigiam, inicialmente, um incremento de 245 mil kwanzas como salário mínimo nacional, o equivalente a 300 dólares, e no decurso das negociações reduziram até 100 mil kwanzas.
As centrais sindicais, disse, exigiram, também, o reajuste do salário da Função Pública, na ordem de 250 por cento, e a redução do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT) em 10 por cento.
Teixeira Cândido chamou, também, a atenção de alguns responsáveis que estão a fazer ameaças aos trabalhadores, tudo por conta da greve.
O sindicalista informou que, durante a greve, as centrais sindicais garantem os serviços mínimos em todas as unidades hospitalares e, igualmente, estão abertas para as negociações com o Governo.
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