José Rodrigues lembrou  que os dados estatísticos do relatório anual publicado pela Polícia Nacional de Angola, divulgados, em 2023, dão conta que foram registados, no país, 14 mil acidentes, que resultaram em mais de três mil mortes e acima de 2.400 deficientes físicos.

O jurista defendeu uma responsabilização civil e criminal pelo comportamento humano, devido ao sentimento de impunidade e ignorância no respeito ao Código de Estrada.

"As causas são várias e um dos motivos que conduz ao aumento da sinistralidade rodoviária é o comportamento humano”, disse aos presentes na sala do Memorial António Agostinho Neto.

O Estado, explicou o jurista, também é vítima da sinistralidade rodoviária devido à destruição dos postes eléctricos, painéis solares e de outros patrimónios públicos, em consequência dos acidentes rodoviários. Para o jurista, a sinistralidade passou a ser uma patologia pública e o Estado deve criar as condições necessárias e exigir à Polícia Nacional uma vigilância mais eficiente.

"É preciso fazer mais e muito mais, de modo que o Estado possa garantir que o direito à vida se concretize conforme a Constituição da República estabelece”, alertou o advogado. José Rodrigues defendeu, também, as sanções punitivas e administrativas para o cidadão que efectuar a travessia fora das passadeiras, passagens inferiores e superiores.