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Síria quer retirar forças americanas do território

O Governo sírio manifestou, domingo, a intensão de pôr fim a presença de forças dos Estados Unidos da América no seu território, a seguir os ataques norte-americanos lançados na sexta-feira contra grupos extremistas pró-iranianos que, segundo os militares sírios, causaram vários mortos, feridos e danos significativos em infra-estruturas.

05/02/2024  Última atualização 09H50
Exército sírio diz que vai libertar o território da ocupação © Fotografia por: DR

O Exército sírio confirmou que os Estados Unidos bombardearam o território sírio, em retaliação ao ataque com 'drones' que matou três soldados norte-americanos no final de Janeiro numa base na Jordânia, perto da fronteira com a Síria.

Estes ataques dos EUA resultaram "na morte de vários civis e soldados, feridos e danos significativos", segundo um comunicado de imprensa do Exército sírio.

"A ocupação de certas partes do território sírio pelas forças norte-americanas não pode continuar", refere a nota, acrescentando a determinação do exército "em libertar todo o território sírio do terrorismo e da ocupação".

Os Estados Unidos afirmaram, na sexta-feira, que realizaram ataques de retaliação bem-sucedidos contra as forças de elite iranianas e grupos pró-iranianos no Iraque e na Síria. A intervenção durou aproximadamente 30 minutos e foi "um sucesso", afirmou a Casa Branca.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), pelo menos 18 combatentes pró-iranianos foram mortos no leste da Síria.

Cerca de 900 soldados norte-americanos estão destacados na Síria e 2.500 no Iraque, como parte de uma coligação internacional 'antijihadista' criada para combater o grupo Estado Islâmico (EI), quando este controlava áreas inteiras do território sírio e iraquiano.

A derrota do EI na Síria foi declarada em 2019 [e no Iraque em 2017], mas a coligação permaneceu no país para lutar contra as células terroristas que continuam a realizar ataques no país.

Desde meados de Outubro, mais de 165 ataques com 'drones' e ataques de foguetes tiveram como alvo forças norte-americanas destacadas no Iraque e na Síria, mas nenhum militar norte-americano foi morto, até ao ataque perpetrado em 28 de Janeiro na Jordânia.

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