Mundo

Sudão precisa de 5 mil milhões para a refinaria

O ministro da Energia e dos Petróleos, Mohi Edin Said, anunciou, ontem, na cidade de Um Durman, que são necessários 5 mil milhões de dólares para superar os danos na refinaria de Cartum, resultantes da guerra que eclodiu em Abril do no passado.

08/03/2024  Última atualização 14H15
Edin Said diz que o sector dos Petróleos está inoperante © Fotografia por: DR

A refinaria de Cartum, com uma capacidade de produção de 100 mil barris por dia, é a principal fonte de derivados de petróleo, atendendo de 40 a 45% das necessidades de combustível do país, enquanto o resto depende das importações, actualmente a única fonte de energia.

A guerra entre o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), segundo o governante, provocou danos no depósito de petróleo bruto da refinaria de Cartum, "o que causou a perda de 210 mil barris e a destruição de tanques de gasolina e gasóleo que estavam cheios, na altura dos ataques".

Edin Said acrescentou que os danos provocados pelo conflito interno atingiram, igualmente, os armazéns das empresas de distribuição em torno da refinaria, o que levou à perda de "quantidades valiosas de produtos petrolíferos". A refinaria de Cartum está situada numa zona particularmente afectada pela guerra e é uma instalação "altamente sensível" numa região de "alto risco", porque é apanhada no fogo cruzado do conflito, referiu.

O ministro da Energia e dos Petróleos, Mohi Edin Said, disse, ainda, que os trabalhos na refinaria foram suspensos devido à redução da extração de petróleo no país, em virtude dos problemas de segurança, da destruição de depósitos e de centros de controlo. A previsão é que a refinaria de Cartum volte a operar normalmente "em breve", uma vez que o Ministério está a trabalhar nesse sentido, depois de ter sublinhado que é necessário fornecer combustível ao país e satisfazer as necessidades dos cidadãos.

O conflito armado no Sudão completará um ano em 15 de Abril e, desde o seu início, já matou cerca de 13.900 pessoas e provocou a fuga de 8,1 milhões das suas zonas de residência. O conflito foi desencadeado por tensões sobre a reforma do Exército e a integração de paramilitares nas forças regulares, em pleno processo político para colocar o país numa via democrática após o golpe de Estado de 2021.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo