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Tajiquistão diz que terror “não tem nacionalidade”

O Presidente tajique, Emomali Rakhmon, disse, domingo, ao homólogo russo, Vladimir Putin, que os terroristas não têm nacionalidade, em reacção às informações veiculadas sobre o atentado em Moscovo.

25/03/2024  Última atualização 09H10
Emomali Rakhmon, Chefe de Estado tajique, dialogou com o homólogo russo © Fotografia por: DR

Durante uma conversa telefónica com Putin, Rakhmon condenou "veementemente o ataque cruel e sangrento" e enfatizou "que os terroristas não têm nacionalidade, nem pátria, nem religião", informou em comunicado a Presidência do Tajiquistão.

Quatro indivíduos armados abriram fogo, na sexta-feira, sobre a multidão presente na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada nos arredores de Moscovo, provocando pelo menos 133 vítimas mortais e 152 feridos, segundo dados das autoridades russas.

A Rússia anunciou no sábado a detenção de 11 pessoas, incluindo "quatro terroristas" - "cidadãos estrangeiros" - envolvidos no ataque que foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).

De acordo com os meios de comunicação russos e o deputado Alexander Khinstein, alguns dos suspeitos são do Tajiquistão, uma ex-república soviética na Ásia Central com uma maioria muçulmana vizinha do Afeganistão.

"Neste momento de luto nacional na Rússia, o Chefe de Estado tajique sublinhou a solidariedade de todos os cidadãos tajiques com o povo russo", afirmaram as autoridades daquele país.

Por seu lado, o Kremlin anunciou no final da conversa telefónica que a "estreita" cooperação entre a Rússia e o Tajiquistão no domínio da luta contra o terrorismo iria "intensificar-se".

No entanto, nem Vladimir Putin, nem os serviços de segurança russos (FSB) mencionaram a reivindicação de responsabilidade do EI por este ataque, o mais mortal na Rússia desde o início dos anos 2000.

Todos os envolvidos "são alvos legítimos” para a Rússia

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, disse, ontem, que todos os envolvidos no ataque a uma sala de concertos perto de Moscovo, que fez mais de 130 mortos, serão "alvos legítimos" para a Rússia.

"Vingar-nos-emos de todos. E os envolvidos, independentemente do seu país de origem ou estatuto, serão, a partir de agora, o nosso alvo legítimo e principal", escreveu Medvedev, no Telegram.

"Aguentem, seus canalhas", sublinhou, no dia de luto que a Rússia assinala após o ataque perpetrado na sexta-feira, na sala de concertos Crocus City Hall reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).

Segundo as últimas informações fornecidas pelas autoridades, o ataque causou, pelo menos 133 mortos, entre os quais três crianças, e 154 feridos, na maioria ainda hospitalizados.

Desde as primeiras horas da manhã, os moscovitas transportam flores para o local do atentado, na cidade de Krasnogorsk, perto de 20 quilómetros do centro de Moscovo.

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