Sociedade

Toque fatal numa linha de transporte de alta tensão

Madalena Quissanga

Jornalista

Valdemiro Nunes, pedreiro de profissão, internado há mais de um mês na enfermaria de pacientes queimados, conta que nunca esquecerá o dia 21 de Dezembro de 2023.

06/02/2024  Última atualização 09H10
© Fotografia por: Armando Costa | Edições Novembro

"Era um dia normal de trabalho e tudo corria bem”, explica o jovem de 36 anos, morador do km 30, em Viana, acrescentando que, no local onde estava a trabalhar, havia um poste com cabos eléctricos de alta tensão.  No último dia da empreitada, passou um colega que lhe ofereceu uma manga e, ao querer comê-la, em cima do andaime, acabou por tocar nos cabos e a roupa começou a queimar”.

Segundo Valdemiro Nunes, só não aconteceu o pior porque houve um corte de energia, tendo, entretanto, perdido os sentidos.

Lembra-se que quando deu por si estava nos cuidados intensivos do Hospital Neves Bendinha, com uma queimadura de terceiro grau e com 75 por cento da superfície corporal queimada, segundo explicações dos médicos.

De acordo com a directora clínica da instituição, Antonieta Guilherme, o paciente deu entrada com queimadura por electricidade e com lesões profundas de terceiro grau.

A médica considerou estável o estado do paciente, que, garantiu, está a recuperar bem. "Foi ao bloco em duas ocasiões e aguarda uma terceira cirurgia. Acreditamos que seja a última e, em função do estado de progresso, irá receber alta médica para continuar em seguimento ambulatório”.  


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