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Tráfico de droga em Moçambique tem "teias" da polícia à política

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A procuradora-geral de Moçambique, Beatriz Buchili, pediu, hoje, o apoio no combate ao tráfico de droga, face às "teias" que este tipo de criminalidade já tem "nas instituições públicas" do país, da polícia à política.

01/02/2024  Última atualização 13H52
Procuradora-geral de Moçambique, Beatriz Buchili © Fotografia por: Lusa

"Como Judiciário, devemos continuar a reforçar a integridade das instituições e os mecanismos do combate à corrupção, pois esta é um dos instrumentos usados pelo crime organizado para concretização das suas acções", sublinhou Beatriz Buchili, ao intervir, em Maputo, na cerimónia de abertura do ano judicial de 2024.

A sessão solene de abertura do ano judicial de 2024, sob o lema "Reforçando o Papel do Judiciário no Combate ao Tráfico de Drogas”, decorreu na presença do Presidente moçambicano Filipe Nyusi.

De acordo com a procuradora,  o tráfico de droga tem a capacidade de estender as suas teias pelas instituições públicas, incluindo no seio da polícia, das magistraturas, da advocacia, dos actores políticos e das esferas económica e social, manipulando as agendas das instituições e comprometendo o Estado.

Outra vertente crucial na prevenção e combate" ao tráfico de droga, explicou, passa pela cooperação internacional: "Estamos, infelizmente, inseridos no tráfico internacional de droga e não podemos pensar numa solução unicamente nacional".

"Devemos lançar mão aos diversos mecanismos de cooperação internacional e, aliás, temos estado a efectuar, fazendo o aproveitamento não só dos mecanismos formais como também informais, com enfoque para os diversos fóruns internacionais em que as nossas instituições se mostram representadas", defendeu Beatriz Buchili, citada pela Lusa.

 

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