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UE condena o “roubo” de terras palestinianas

A União Europeia condenou, domingo, a declaração do Governo israelita de apropriação de 800 hectares no vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada, tendo frisado tratar-se do "maior roubo" de terras desde os Acordos de Oslo de 1993.

25/03/2024  Última atualização 09H00
© Fotografia por: DR

Esta posição, em nome dos Estados-membros da UE, foi transmitida pelo porta-voz do Serviço Europeu de Acção Externa (o corpo diplomático da UE), Peter Stano, em comunicado.

Com a declaração destes 800 hectares como terras estatais, tornada pública na sexta-feira, Israel deixa de considerar esses terrenos como propriedade privada dos palestinianos e impede-os de a utilizarem, já que o Estado apenas as arrendas a israelitas para expandirem os colonatos.

A União Europeia sublinhou que os colonatos "são uma violação grave do Direito Internacional Humanitário" e considera que a expansão destas colónias "alimenta as tensões e mina as perspectivas de uma solução de dois Estados" para Israel e Palestina.

Para o bloco da UE esta fórmula é "a única garantia para a segurança a longo prazo para israelitas e palestinianos", avisando que, apesar da construção dos colonatos na Cisjordânia, a União Europeia não vai reconhecer as alterações às fronteiras fixadas em 1967 entre Israel e a Palestina, "a não ser que ambas as partes acordem".

"No Conselho Europeu desta semana, os líderes da UE condenaram a decisão do Governo israelita de expandir os colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada e instaram Israel a revertê-la", afirmou Stano.

Os 800 hectares que foram declarados como terras estatais situam-se numa zona tradicionalmente povoada por agricultores palestinianos, mas que Israel quer anexar ao vizinho colonato de Jafit.

A construção de colonatos é uma prática ilegal, segundo as normas internacionais, em território militarmente ocupado como é o caso da Cisjordânia.

A ONG israelita Peace Now, que documenta a colonização nos territórios palestinianos ocupados desde 1967.

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