Sociedade

Uma sequela que persiste há 12 anos

Engrácia Francisco

Jornalista

Domingos Cawanda foi diagnosticado com meningite quando tinha meses de vida. A mãe, Madalena Kimbwanda, conta que, desde que descobriu a doença do filho, começou a fazer as consultas.

14/02/2024  Última atualização 12H07
Tomás Fernando, director clínico dos Cajueiros © Fotografia por: Rafael Tati | Edições Novembro
"Com apenas seis meses, o menino começou a ter febre alta com frequência e realizámos a primeira consulta no Hospital Américo Boavida”, disse.

Passados alguns anos, Domingos, agora com 12 anos, não fala nem anda, só consegue ficar deitado. "Para qualquer coisa tenho de ser eu a fazer por ele”, avança a entrevistada, em lágrimas.

O pediatra Tomás Fernando avançou que o paciente deu entrada no hospital com um quadro clínico grave, "estava com febre alta e a convulsionar”, disse, acrescentando que foi prontamente assistido pela equipa médica e, no momento, já se encontra estável. "A mãe tem a recomendação de aparecer sempre nas consultas, afirmou.

Após o nascimento, explicou, o menor desenvolveu uma meningite que originou várias sequelas, como a imobilidade dos membros superiores e inferiores. "Está com 12 anos, prestes a fazer 13, mas não consegue fazer nada sozinho”.

O menor tem feito consultas regulares no Hospital Américo Boavida, devido às sequelas da doença de base. O médico aclarou que associado a isso está a malnutrição.

"Com a idade que tem, pode se dar o caso de a quantidade de alimentos que consome em casa não ser suficiente ou a mais adequada, devido à sua condição de saúde”, frisou.

Esclareceu ainda que se trata de um paciente que tem sido acompanhado há anos. Tomás Fernando apelou às mães que cumpram rigorosamente o calendário de vacinas durante a gestação, para evitar que crianças desenvolvam doenças graves.

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