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William Ruto denuncia “fraude e incompetência”

O Presidente queniano, William Ruto, denunciou, domingo, a "corrupção e a incompetência" dos responsáveis que permitiram a instalação de um armazém de gás numa zona residencial de Nairobi, onde, na quinta-feira, ocorreu uma explosão.

05/02/2024  Última atualização 09H00
© Fotografia por: DR

"Os funcionários do Governo emitiram licenças para instalações de gás em áreas residenciais quando estava muito claro que esta não era a coisa certa a fazer, mas por causa da incompetência e da corrupção emitiram as licenças", afirmou Ruto, citado pela Efe na sua primeira reacção pública ao desastre, que provocou fortes críticas ao Governo, durante uma viagem ao condado de Kakamega (Oeste).

O acidente, que ocorreu na noite de quinta-feira, causou três mortos e 280 feridos no bairro de Mradi, em Embakasi, no Sudeste de Nairobi, provocado pela explosão de um camião carregado de botijas que estava próximo do armazém de gás. Este armazém de gás instalado no densamente povoado distrito de Embakasi foi, inicialmente, descrito como "ilegal" na sexta-feira pelas autoridades. Entretanto, a Autoridade Nacional de Gestão Ambiental (NEMA) revelou que a empresa Maxxis Nairobi Energy obteve uma licença de instalação a 2 de Fevereiro de 2023.

"As investigações preliminares mostraram que quatro agentes da NEMA manipularam a licença de maneira que não obedecessem aos procedimentos e, portanto, são culpados", disse o presidente do conselho da NEMA, Emilio Mugo, num comunicado no sábado. A agência "ordenou que os agentes envolvidos se retirassem imediatamente, enquanto se aguarda uma investigação mais aprofundada pelas autoridades governamentais relevantes", acrescentou a nota.

Sem mencionar explicitamente a NEMA, o Presidente William Ruto pediu que os responsáveis fossem "despedidos e processados pelos crimes que cometeram". Surpreendidos durante à noite pela poderosa explosão, os moradores descreveram uma "bola de fogo" que se espalhou, devastando empresas e casas, semeando o "caos". Os bombeiros levaram mais de nove horas para controlar as chamas. Na sexta-feira, o Governo reportou três mortes, 280 feridos e mais de 400 famílias afectadas. Nenhum novo balanço estava disponível até a manhã de ontem.

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