Boniface Musumali, que falava à imprensa,sexta-feira, no fim da visita de trabalho de três dias à província do Cuando Cubango, esclareceu que a caça furtiva é um fenómeno que não acontece apenas no território angolano, mas, também, em outros países, como a Zâmbia, Namíbia, Zimbabwe e Bostwana, que integram o projecto Okavango-Zambeze.

A Zâmbia, segundo o diplomata, trabalha com os Estados-membros da Região do Okavango-Zambeze para a criação de normas, leis e decretos-leis que visam mitigar o problema da caça furtiva, reafirmando o compromisso assumido pelo seu país em trabalhar afincadamente nas províncias da Lunda-Sul, Moxico e Cuando Cubango, regiões consideradas bastante fustigadas pelos caçadores furtivos, através das vastas florestas, muitas das quais atravessam os limites fronteiriços. Para mitigar a situação, explicou o diplomata, foram criadas algumas comissões com as autoridades governamentais, religiosas e tradicionais, no sentido de denunciar todos os indivíduos que insistem na prática da caça furtiva. Acrescentou que os cidadãos que praticam tais actividades cometem crimes contra a natureza e devem ser severamente punidos.

Boniface Musumal disse, ainda, que as questões de negócios transfronteiriços entre os dois países devem ser tratadas nos dois lados, ou seja, deve haver uma estreita colaboração entre Angola e a Zâmbia, tendo sublinhado que a visita à província do Cuando Cubango consistiu em desenvolver mecanismos de cooperação e traçar estratégias para o combate à caça furtiva e, também, encontrar oportunidades de negócios para os investidores do seu país.

A partir de 27 de Maio deste ano, informou, uma delegação de homens de negócios da Zâmbia vai deslocar-se a Angola para reforçar os laços de cooperação com empresários angolanos, de forma a trabalharem juntos para desenvolver os dois países.