Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas, nos últimos dias, sob os escombros de dois hospitais, na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou, ontem, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral, António Guterres.
O Zimbabwe exigiu, ontem, ao levantamento total das sanções económicas impostas pelos Estados Unidos da América, denunciando "medidas paliativas" tomadas por Washington, na segunda-feira, ao pôr fim a algumas disposições, mas introduzindo outras contra o Chefe de Estado, Emmerson Mnangagwa, que nega as acusações.
"Todas estas medidas são ilegais e injustificadas. Por isso, devem ser incondicionalmente levantadas", declarou o Governo zimbabweano em comunicado, exigindo que Washington "apresente provas que sustentem" o que classificou como "acusações gratuitas".
O levantamento das antigas sanções "não pode, de forma alguma, expiar, e muito menos apagar, os crimes hediondos cometidos contra o Zimbabwe e o seu povo", e "não se pode esperar que o Zimbabwe agradeça ou se sinta grato ao Presidente Biden e aos Estados Unidos por terem anunciado medidas paliativas destinadas a inverter, finalmente, uma ilegalidade e um ultraje perpetrados ao longo de mais de duas décadas".
No entanto, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o fim das medidas impostas em 2003 por George W. Bush, que tinha apelado a um reforço das medidas globais contra o Zimbabwe, na altura governado por Robert Mugabe. Agora, foram anunciadas novas sanções contra o actual Presidente Emmerson Mnangagwa e altos funcionários, acusados de corrupção e de violação dos direitos humanos. As medidas incluem o congelamento de todas as propriedades nos Estados Unidos e a proibição das viagens não oficiais.
"Nada menos do que a supressão rápida e incondicional de todas estas medidas coercivas ilegais e contra a dignidade do povo é aceitável", prosseguiu o Governo zimbabweano, que responsabiliza as sanções americanas pela situação económica do país. De acordo com Washington, as novas medidas fazem parte de uma "política de sanções mais firmes e mais direccionadas" contra o Zimbabwe.
O Chefe de Estado do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, cujo partido está no poder desde a Independência, em 1980, foi reeleito em 2023. As esperanças de um desanuviamento nas relações entre os dois países surgiram após a destituição de Robert Mugabe do poder, em 2017, por Mnangagwa, mas nos últimos anos este foi acusado pelas potências ocidentais e organizações de direitos humanos de reprimir a oposição e sufocar qualquer dissidência.
Descoberta de petróleo na região Norte
O Governo do Zimbabwe anunciou, ontem, a descoberta de petróleo leve e gás natural na bacia de Cahora Bassa, no Norte do país, cuja viabilidade comercial ainda está por determinar.
"Os resultados recentemente obtidos das análises laboratoriais efectuadas coincidem, de facto, com a presença não só de gás natural, mas também de condensados petrolíferos leves, bem como de hélio e hidrogénio nos depósitos de Mukuyu", disse Soda Zhemu, ministro das Minas, durante a conferência de imprensa, que decorreu em Harare, capital do país.
Os resultados", explicou, "são que o gás natural é de alta qualidade, com impurezas mínimas e sem sulfureto de hidrogénio nas amostras, que é um componente indesejável do petróleo e do gás". O ministro especificou que "o petróleo descoberto pertence à classificação dos petróleos leves". É nesta classificação que se produz o gasóleo, a gasolina e o Jet A1 (combustível para a aviação comercial).
O país tem cerca de 360 mil hectares na bacia de Cahora Bassa, que se estende a Norte pelo território moçambicano, para a exploração de petróleo e gás. A Invictus Energy, sediada na Austrália, é uma das empresas envolvidas na exploração desde 2021, com base nos dados deixados pelo gigante petrolífero norte-americano a Mobil, antes de abandonar o Zimbabwe na década de 1990.
"Melhorámos e validámos esses dados através da realização de levantamentos sísmicos em 2021, que geraram uma série de potenciais alvos de perfuração de petróleo e gás", disse à agência de notícias EFE o diretor-geral da One Gas Resources (parceiro local da empresa australiana) e porta-voz da Invictius no Zimbabwe. Paul Chimbodza adiantou, também, que foi planeado comercializar o gás dos poços perfurados como "uma prova de conceito de desenvolvimento e realizaremos mais levantamentos sísmicos, para delinear novos alvos de perfuração na nossa área de licença de 360 mil hectares".
O Governo do Zimbabwe espera que a descoberta, se puder ser explorada, ajude a reduzir a necessidade de energia importada. Há anos que o Zimbabwe sofre de escassez de energia, uma vez que depende fortemente de equipamentos térmicos e hidroelétricos que não conseguem satisfazer as necessidades domésticas.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginA Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) convocou uma sessão extraordinária do Comité Central para 3 de Maio, na qual é esperada a escolha do candidato à sucessão de Filipe Nyusi como Presidente da República.
O Presidente do Senegal disse que está disponível a repensar as relações com a União Europeia (UE), a partir de uma base equilibrada e com vantagens mútuas, logrando afirmar os interesses do país no contexto europeu e mundial.
Mais três países africanos começaram a vacinar contra a malária, milhões de crianças, anunciaram, quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), num comunicado.
O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
Dois efectivos da Polícia Nacional foram, quinta-feira, homenageados, pelo Comando Municipal de Pango Aluquém, por terem sido exemplares ao rejeitarem o suborno no exercício das actividades, na província do Bengo.
Vasco Lourenço, um dos capitães de Abril que derrubaram a ditadura salazarista há 50 anos em Portugal, foi hoje recebido em Lisboa pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente da Associação 25 de Abril.
A responsável pela Secção de Crimes contra o género da Polícia Nacional, Intendente Sarita de Almeida, realizou, quinta-feira, em Juba Central Equatorial State, no Sudão do Sul, um Workshop sobre Direitos Humanos e Protecção Infantil.