ANDRÉ SIBI
Com um volume de negócios avaliado em mais de USD 15 milhões, a empresa angolana do ramo da construção civil e obras públicas Certave-Rodomark pretende chegar a uma facturação de até USD 75 milhões anualmente. Em declarações ao JE, o seu administrador, Patrício Vilar, justificou que a empresa que dirige prevê atingir estes níveis de facturação tendo em conta o crescimento da carteira de obras de que a firma tem vindo a beneficiar nos últimos anos.
Conforme disse, a construtora facturou durante 2009 acima dos USD 40 milhões na execução de diferentes tipos de obras no sector da construção civil e obras públicas entre as quais se destaca a reabilitação das fábricas cervejeiras da Cuca, na cidade do Huambo, e a da Eka, no Dondo, província do Kuanza Norte, bem como a preparação do terreno onde vai ser edificada a refinaria de petróleo do Lobito, e, ainda, a construção da fábrica de agulhas para sondas petrolíferas “Wedafor”, em Luanda.
A Certave-Rodomark tem como principal actividade a construção civil e obras públicas. Presta também serviços no sector de arruamentos, drenagem, canalização, iluminação e urbanização. A empresa reabilitou as ruas da cidade do Uíje e o Bairro Prenda, em Luanda. Igualmente, procedeu à construção de sete casas sociais no condomínio Talatona, propriedade do grupo H2T.
Segundo Patrício Vilar, este grupo empresarial angolano conta com uma vasta equipa multi- sectorial, como é o caso da SIUL, voltada à execução de projectos de electrificação, Macalor (tratamento de águas e esgotos), Miravias (pintura e sinalização de estradas, caixilharia de alumínio, janelas e portas em PVC, confrangem e aditivos para betão).
Para além de Luanda, a Certave-Rodomark está presente nas províncias de Benguela e Huambo, com intervenções esporádicas nas 18 províncias do país.
Segundo a fonte, para melhor desenvolver a sua actividade no ramo da construção civil, o grupo empresarial criou a Certave-Rodomark, na sequência da fusão entre a Certave (com uma quota de 49% das acções) e Rodomark (51%).
Recursos humanos
Para tornar possível a execução das obras que vão aumentado o porta fólio da empresa, a Certave-Rodomark conta com mais de 400 trabalhadores, entre pedreiros, carpinteiros, canalizadores, pintores, electricistas, ladrilhadores.
Na lista das principais preocupações da empresa consta a redução dos empréstimos bancários por parte das operadoras bancárias nacionais, facto que obrigou os empreiteiros a apostar na finalização de projectos, como estratégia para se manter no mercado.
Patrício Vilar considerou a crise económica que o mundo viveu como uma oportunidade para o crescimento de Angola, no ponto de vista de maturidade orçamental.
O empresário apela à intervenção do Estado no sector da construção civil, dada a especulação que se verifica na venda de terrenos. Segundo contou, existem espaços que estão a ser vendidos a preços muito especulativos, o que se reflecte em grande medida no negócio imobiliário, que, nalguns casos, chega a cobrar entre USD 1.700 a 2.300 por metro quadrado.
A título de exemplo, Patrício Vilar apontou que, em Luanda, os lotes de terreno estão a ser comercializados a preços especulativos.
Quanto ao mercado angolano, ele afirma constar da lista dos mercados que mais cresceram ultimamente. O empreiteiro, afirmou que as oportunidades de negócio em Angola estão em todas as esquinas, basta ter a iniciativa de empreendedora. “O país vai continuar a crescer, apesar de não ser ao ritmo inicial dos últimos anos”, prognosticou.
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