A fábrica terá uma capacidade de produção de 150 mil unidades em oito horas e o funcionamento deverá iniciar este ano depois de inaugurada em Novembro.
A DescartaAngola, empresa de capital angolano, investiu dois milhões e meio de dólares norte-americanos na construção de uma unidade fabril para a produção de produtos descartáveis em alumínio e plástico com o propósito de reduzir a importação.
Localizada no pólo industrial de Viana, a fábrica será inaugurada em Novembro próximo e terá uma capacidade de produção de 150 mil unidades em 8 horas. Os produtos terão uma espessura de 60 micras, o que garante resistência e uma boa conservação dos alimentos.
Segundo Tonet Francisco, um dos administradores da empresa, na referida indústria serão produzidos tudo que é material descartável para atender a sectores como restauração, supermercados, panificadoras, avicultura e hotelaria.
Postos de trabalho
Segundo afirmou, numa primeira fase, a fábrica vai empregar 24 trabalhadores dos quais um expatriado, que será o responsável para área de produção dada à sua experiência no ramo industrial. “Os mesmos já receberam formação com profissionais estrangeiros e estão aptos para dar início ao ciclo produtivo”, disse.
“Mas prevemos aumentar este número na medida em que as outras máquinas entrarem em funcionamento”, assegurou, tendo acrescentado que está prevista a vinda de mais maquinarias para dar suporte à fabricação.
Aquele gestor sublinhou que o que motiva a empresa a investir é o facto de o país viver tanto da importação, além disso, de acordo com ele, pesquisas apontam que não existe no mercado local uma fábrica dedicada a este segmento.
Matéria-prima
Dado à grande dificuldade no que toca a matéria-prima, a DescartaAngola recorre aos mercados como a Itália, onde foi adquirida a máquina para o efeito, Brasil, África do Sul, China, que também vão garantir assistência técnica e garantia de qualidade aos produtos.
“Ainda não temos capacidade para atender a todo mercado nacional, sendo que além de Luanda o produto será igualmente distribuído por via dos nossos parceiros nas províncias da Huíla, Cunene, Malanje, Benguela entre outras”, revelou.
O objectivo da empresa, avançou, consiste na especialização em tudo que é material descartável e consequentemente ganhar a confiança do mercado, apostando num produto de qualidade.
Qualidade
Tonet Francisco assegura que a empresa vai apostar num produto de alta qualidade para que o mesmo chegue às grandes superfícies comerciais com a referência “made in Angola” e fazer com que os nacionais tenham mais confiança e acreditem naquilo que é local.
Em relação aos preços, o responsável disse que ainda é cedo para revelar os preços mas acreditam que serão inferiores em relação aos que se pratica no mercado porque a ideia também é fazer com que todos os agentes económicos tenham acesso ao produto.
“Não posso afirmar que se vai acabar com a importação mas pensamos que haverá uma redução significativa neste sentido e para isso, queremos poder contar com medidas de proteccionismo por parte das pessoas de direito”, apela.
Outros projectos
Além disso, a DescartaAngola prevê abrir nos próximos tempos uma outra fábrica para a produção de objectos domésticos, desde vassouras, esfregonas, escovas entre outros produtos.
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