Os empresários angolanos consideram o programa feito em Angola uma medida única para promover a distinção das marcas nacionais em relação o resto do mundo. A informação foi avançada por Ramzi El-Houchami, director geral da Imex Trade.
Em declarações ao JE, o responsável destacou que, a medida vai facilitar a distinção dos produtos fabricados pela sua empresa em relação ao resto mundo.
Segundo ele, a partir da segunda quinzena de Maio, a empresa que dirige vai colocar no mercado colchões Smartflex, reservatórios de água e tubos PVC, com o logo marca feito em Angola, considerando também que a medida vai facilitar a distinção entre produção nacional e importação.
Produção de vinho
Por seu turno, o presidente do Grupo FF, Fernando dos Anjos realçou que a entrada em vigor do deste programa empresarial, coincide com o lançamento para o mercado do primeiro vinho e uvas de mesa de produção nacional.
Mais adiante sublinhou que o seu grupo empresarial investiu perto de um milhão de dólares na aquisição do terreno, plantação e produção de vinho nacional e uvas de mesa.
Numa primeira fase, de acordo ele, foram já produzidas 4000 mil garrafas de vinho tinto, que vão para o mercado com selo “Feito em Angola”.
Adesão
Para Licinho Vaz Contreiras, coordenador da campanha, adesão à logo marca “Feito em Angola” vai rondar os 25 mil kwanzas para às micro empresas e 250 mil kwanzas ano para as grandes empresas.
Assegurou ainda que o objectivo da campanha é educar o consumidor a preferir os produtos nacionais, e ainda sensibilizar os produtores a aumentar a qualidade e níveis de produção para atender a demanda.
Licinho Vaz Contreiras referiu que o programa “Feito em Angola” consta entre as componentes do programa “Angola investe”, que compreende facilidade de crédito, suporte ao empreendedor e a desburocratização e incentivo a produção nacional.
Dados apontam que depois de Luanda, a campanha de divulgação vai se estender às províncias do Huambo, Benguela e Huíla.
Aumento na qualidade
Numa ronda efectuada pelo JE, muitos entrevistados foram unânimes em afirmar que a iniciativa do programa é louvável uma vez que vai obrigar os empresários locais a apostarem na qualidade, aumento da produção assim como na boa conservação dos produtos comercializados.
Paulo Jorge, morador do golfe, considerou de positivo o programa. Na sua visão, o país já não precisa importar produtos como a banana de mesa, batata rena, uma vez que a região de Caxito Rega na província do Bengo já produz em quantidades satisfatória e com boa qualidade.
De acordo com o entrevistado, a batata rena produzida no centro e sul do país, chega a suplantar a importada em termos de qualidade.
Por sua vez, Adelaide Nito, afirmou que produtos como ovos da Aldeia Nova, moranguitos da Fazenda Jamba e caranguejo do Namibe, contam entre os produtos nacionais que ela adquire com frequência nos supermercados da capital, face a sua qualidade e o preço.