Falando na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, no Palácio Presidencial, José Eduardo dos Santos sublinhou que assim mesmo, com as limitações existentes, será possivel celebrar a quadra festiva, reforçar a coesao familiar e cultivar o espírito natalício de fraternidade, solidariedade e paz.
O estadista declarou que num mundo em convulsão, com conflitos a alastrarem-se por várias regiões, Angola mantém-se, desde 2002, um país estável e pacífico, com as suas principais instituições democráticas a funcionar normalmente.
“Mantemos por isso a nossa confiança na capacidade dos angolanos de vencer todo o tipo de adversidades e se empenhar para proporcionar a todos
maior bem-estar”, declarou.
De acordo com o Chefe de Estado, o povo angolano também privilegia o convívio aberto e tolerante com quem visita ou acolhe o país para viver, respeitando as leis, os valores cívicos, morais e culturais.
“Mas a crise económica despertou em todos nós maior consciência para o trabalho, para o controlo racional dos gastos, para mais disciplina e melhores resultados”, sublinhou.
Para o Chefe de Estado, deve-se continuar a criar as condições para proporcionar melhor bem-estar a toda a população, concluindo os projectos em execução no proóximo ano, “que vão garantir maior acesso à educação, à saúde, aos serviços de energia e águas, à habitação e maior oportunidade de emprego, sobretudo para a juventude”.
Ultrapassar a crise
Após um ano de 2016 caracterizado por dificuldades no domínio económico e financeiro, o Presidente da República José Eduardo dos Santos destacou a rápida adaptação da sociedade angolana ao contexto de crise e realçou as iniciativas para superar os desafios daí resultantes.
Segundo o Chefe de Estado, o Governo, as empresas e as famílias tiveram que adaptar-se à situação.
A referida adaptação teve como suporte acções e várias iniciativas para atenuar as dificuldades e criarem condições para superar todos os desafios.
As nossas receitas financeiras diminuíram e o Governo, as empresas e famílias tiveram que habituar-se a gastarem menos para resolverem os seus problemas com êxito, referiu o estadista angolano.
Dentro desse quadro, o Presidente da República salientou o facto dos angolanos não terem perdido o rumo e o “país não parou”.
Funcionários públicos, prosseguiu o estadista, empresários, operários camponeses, intelectuais e quadros passaram a trabalhar mais, a poupar mais e fazer tudo para multiplicar o que temos.
Reconheceu o esforço das famílias para que nessa quadra festiva (Natal e Ano Novo) não faltasse o necessário, daí que será possível celebrar esse período com coesão familiar, espírito natalício, fraternidade, solidariedade e paz.
De acordo com o Titular do Poder Executivo, a crise económica despertou nos angolanos maior consciência para o trabalho, controlo racional dos gastos, mais disciplina e melhores resultados.
Considerou fundamental a continuação da criação de condições para proporcionar o bem estar à população, concluindo os projectos em execução nomais educação, saúde, serviços de energia e águas e habitação.
Disse ser metas que vão resultar em maiores oportunidades de emprego para a juventude do país.
Eleições em 2017
O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, augurou que as eleições gerais de 2017 decorram num espírito de tolerância política e de respeito pelas convicções de cada um.
Neste sentido, desejou que os autores políticos façam, em 2017, prova da grande maturidade e responsabilidade ao abordarem assuntos de interesse nacional e definirem os projectos para o futuro da nação angolana.
O Presidente da República afirmou que todos os passos necessários estão a ser dados pelas instituições competentes, para a realização das eleições gerais no próximo ano, de modo que os cidadãos eleitores possam exercer os seus direitos de escolher o Presidente da República e os deputados, que vão dirigir Angola no próximo mandato de cinco anos.
Augurou também que os angolanos continuem a acreditar no seu país e a contribuírem, onde quer que estejam, para o engrandecimento da nação angolana, harmonizando os seus interesses individuais com os colectivos.
O Chefe de Estado falou que Angola tem muitos recursos naturais por explorar e valorizar e que isso consegue-se, claro, com trabalho, disciplina, conhecimento e habilidade para fazerem-se boas coisas.
“Devemos aplicar o princípio de que a união faz a força. Vamos, assim, juntos promover a cultura do mérito para produzir com melhores resultados, de modo a aumentarmos e a distribuirmos com maior justiça a riqueza nacional. Orgulhemo-nos pelas conquistas já alcançadas e trabalhemos para que o ano de 2017 seja melhor”, disse o estadista.
José Eduardo dos Santos referiu, na sua intervenção, que Angola mantém-se desde 2002 um país estável e pacífico, com as suas instituições democráticas a funcionarem normalmente, numa altura em que se registam convulsões e conflitos em muitas partes.
O presidente da Assembleia Nacional (AN), Fernando da Piedade Dias dos Santos, declarou que a inteligência, tenacidade, sagacidade e magnanimidade do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, foram fundamentais para a criação de bases seguras de um processo de paz e de reconciliação nacional exitoso.
Ao apresentar a mensagem de felicitação na cerimónia de cumprimentos de fim de ano ao Presidente da República, disse que, fruto da perspicácia de José Eduardo dos Santos, o país iniciou um processo de reconstrução nacional sólido e criou bases para o crescimento e desenvolvimento sustentável.
Disse que o empenho do Chefe de Estado não se confina apenas às fronteiras nacionais, sublinhando que, como homem de paz, sempre lutou
por um mundo mais pacífico.
Por essa particularidade, expressou, o Chefe de Estado tem se dedicado, com particular afinco, na pacificação dos conflitos que ainda assolam
o continente africano.
“Angola é hoje um destino habitual de importantes entidades que, reconhecendo a vossa rica experiência, escalam Luanda para receber os vossos sábios conselhos, buscar inspiração e pedir intermediação na solução pacífica de conflitos, tendo em consideração a autoridade que granjeou também a nível internacional”, disse.
Para si, a experiência acumulada por José Eduardo dos Santos e a sua visão estratégica sobre os assuntos internacionais têm sido factores dominantes para os excelentes resultados diplomáticos alcançados.