Dados obtidos pelo JE dão conta que “a actividade económica global parece mais brilhante este ano, mas que ainda há barreiras para
um crescimento sustentável”.
Por esse facto, o encontro de Outubro, onde Angola deve também fazer-se presente, foca-se na exploração de pontos fortes para a cooperação económica mundial, uma vez que até a falta disso impede o crescimento global, a estabilidade financeira e a harmonização regulatória.
No seu comunicado, o Comité organizador das “Reuniões de Primavera” avançam que vão discutir soluções para as vulnerabilidades estruturais persistentes, riscos sistêmicos para a estabilidade financeira e impedimentos à reforma regulatória que continuam a
afectar a recuperação pós-crise.
Angola, através dos ministérios do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial, das Finanças e do Banco Nacional de Angola deve fazer-se presente ao evento para reforçar as estratégias adoptadas no encontro recente dos membros de África, na reunião
de Gaberone (Botswana).
Caucus africano
A secretária de Estado do Orçamento, Aia-Eza da Silva, chefiou, recentemente, a delegação angolana que participou de 3 a 5 de Agosto, em Gaborone, no Botswana, na reunião dos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais Africanos, denominada “Caucus Africano”.
O encontro decorreu sob o lema “Transformação Económica e Criação de Emprego: Uma Focalização na Agricultura” e visou fortalecer a voz dos representantes do continente em relação às questões do desenvolvimento sócio-económico, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
O referido evento constitui uma oportunidade ímpar para os líderes africanos, nomeadamente ministros das Finanças, do Plano e governadores dos Bancos Centrais, apresentarem de forma conjunta as preocupações que afectam as economias do continente berço, tais como a construção de infra-estruturas e a industrialização
dos processos produtivos.
A participação angolana no “Caucus Africano”, deste ano, enquadrou-se na estratégia de o país fortalecer a relação com as instituições financeiras internacionais, como o FMI, Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento, com vista a mobilização de apoios para as necessidades financeiras
do seu desenvolvimento.
No encontro foram discutidos temas como a “Política fiscal para o apoio da transformação agrícola em África”, “O papel do sector privado para o desenvolvimento tecnológico da agricultura”, “As cadeias de valor agrícola e criação de emprego sustentável para jovens e mulheres” e ainda “O aprofundamento e inclusão financeira para o apoio do desenvolvimento da agricultura”.
Criado em 1963, como Grupo Africano de Governadores do Grupo Banco Mundial e do FMI, o “Caucus Africano” é uma plataforma de concertação dos 54 países africanos para as reuniões do Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.