Associações pesqueiras ganham infra-estruturas

Foto por António Suares
Mais apoios
Ainda no quadro da implementação do projecto “Tuende Tuavuba”, a Cabinda Golf Oil Company e a Chevron financiaram igualmente a construção de uma bomba de combustível, uma oficina de reparação naval e duas embarcações que servem para treinar os mestres de pesca dos municípios de Cabinda e Cacongo.
Os pescadores beneficiaram também de acções de formação profissional bem como a disponibilização de micro-créditos, no valor de 100.000 kwanzas, destinados à criação de pequenos negócios, com realce à venda e distribuição de várias espécies de peixe.
De acordo com o chefe do departamento de Pescas da província de Cabinda, Rafael Braz, além dos investimentos que a Cabinda Golf Oil Company e a Chevron disponibilizaram em prol do desenvolvimento da actividade piscatória na região, o governo local, no âmbito do programa de fomento da actividade pesqueira distribuiu 10 embarcações, devidamente equipadas e entregues aos pescadores da Apescab e da Avopescab.
Segundo ele, no final do ano passado, o governo da província disponibilizou 25 milhões de kwanzas, para a compra de equipamentos, com realce a redes, anzóis e cabos que foram distribuídos às duas associações.
Fraca captura
Nos últimos anos, a província tem registado pouca captura de peixe, devido às longas distâncias que os pescadores percorrem para atingir as áreas destinadas, definidas pela Cabinda Golf Oil Company e sua operadora Chevron, que exploram petróleo no campo do Malongo.
A Cabinda Golf Oil Company e sua operadora Chevron autorizaram que a actividade de pesca deve ser feita à 6 milhas da costa, medida que visa prevenir eventuais acidentes que possam surgir nas áreas onde estão instaladas as plataformas petrolíferas.
“ Apesar desta situação, a captura de pescado no ano passado, foi de 2.000 toneladas, quantidade considerada razoável em relação os anos anteriores”, disse.
Satisfação dos pescadores
Para o pescador José Casimiro Chocolate, pertencente à associação Apescab, manifestou a sua satisfação pelo facto de terem beneficiado de uma infra-estrutura, que vai permitir os pescadores do município de Cabinda exercerem as suas actividades em melhores condições.
“Trabalhar no mar exige algumas regras que o pescador deve cumprir. Existem momentos em que, o mar dá mais, outros menos peixe, principalmente no tempo de cacimbo em que se adquir peixe fresco, mas em poucas quantidades, enquanto no período quente, captura-se muito pescado”, explicou.
Em Cabinda, o sector controla 2.700 pescadores que estão enquadrados em associações e cooperativas. A actividade é suportada pela pesca artesanal, que ainda assim não satisfaz as necessidades dos consumidores da região.
A equipa de reportagem do JE, constatou junto dos pescadores que um quilo (1 kg) de corvina, de parcos e de garoupas custam 700 kwanzas, enquanto que um kg de tubarão, bagre custam entre 250 a 300 kwanzas.