Na visão do especialista, que foi convidado a dissertar nas IV jornadas científicas estudantis, promovidas pelo Instituto Médio Agrário do Quéssua, onde abordou algumas técnicas da produção da mandioca, a tecnologia às vezes utilizada pelo camponês é de má qualidade.
Segundo argumentou, existem sistemas que “são baratos e que podem aumentar a produção e a melhoria dos solos da região”.
Disse que o sistema está a ser ensaiado e quando a população aceitar, o mesmo vai ser divulgado.
“Fizemos ensaios em Cacuso, na província de Malanje e Mazozo em Luanda, onde os resultados foram positivos. Há um aumento de cerca de 50 por cento na produção de raízes e tubérculos”, anunciou.
Combate às pragas
Sobre a virose que afecta grande parte de Malanje, nomeadamente nas localidades de Cambundi Catembo, Quirima, Luquembo e parte Norte da província, disse que foi criado um projecto de mudança das variedades que estão a ser utilizadas, e neste momento está em curso o processo de requalificação das variedades.
“Distribuímos algumas variedades de mandioca resistentes à virose e essas, vão ser multiplicadas pelos agricultores e passar as usadas. Essa questão da virose está a ser atenuada paulatinamente e não se acaba de uma vez”, disse.
Potencialidades
Malanje é uma província essencialmente agrícola, destacando-se pela produção de várias culturas entre elas a mandioca, arroz, algodão, milho, batata-doce, ginguba, girassol, feijão, soja e hortícolas.
Apesar disso, Malanje possui uma pequena indústria, no qual são fabricados materiais de construção, produtos voltados para a alimentação e tabacos. Já na pecuária, destaca-se por possuir gado bovino, caprino, suíno e ovino.
A província é subdividida em três zonas Geo-económicas (planalto de Malanje, a Baixa de Cassange e a zona do Luando).
A sua vegetação é composta de florestas, savanas e o misto de floresta-savana e balcedo-savana. Em relação aos mineiros, a província de Malanje tem diamantes, calcário, urânio e fosfato.